Conimbriga, de oppidum à municipium
- Introdução
- Conquista e anexação da Lusitânia pelos romanos
- A prática da romanização identificada na reelaboração do espaço urbano em Conimbriga
- Conclusão
- Referências
�A Durio Lusitania incipit: Turduli veteres, Pæsuri, flumen Vagia, oppidum Talabrica, oppidum et flumen Aeminium, OPPIDA CONIMBRICA, Collipo, Eburobritium […]�.
A cidade romana foi instrumento da cultura imperial, foi instrumento de romanização. No decorrer do século I d.C., foi feita a urbanização dos oppida célticos acelerando desta forma as trocas culturais. Realizadas por decreto pelas leis que visavam antes de tudo trazer esses povoamentos indígenas para as malhas políticas do império romano, feitas por Augusto e reelaboradas pelos Flavios. Estudamos Conimbriga, uma cidade romana da Lusitânia, que inicia sua urbanização no século I d.C. A Lusitânia foi uma das inúmeras províncias que no século I d.C., se tornaram portadoras do direito latino, o chamado Latium Minus, no ano 73, através de Vespasiano, da dinastia Flavia. Vasco Gil Mantas identifica as bases dessa interação cultural de forma mais intensa dos romanos para com os oppida celtibéricos quando afirma: […] o processo de criação destes municípios era simples: os oppida cujos notáveis se comprometessem a gerir a autonomia municipal de acordo com a lei romana ascendiam à categoria de município e os magistrados recebiam a cidadania no termo do seu mandato, sendo inscritos na tribo Quirina, que era a da família imperial. […] […] os novos municípios incluíam na sua designação o epíteto Flavia ou Flavium. […] […] e numerosos oppida entretanto romanizados, como Flavia Conimbriga […]. Neste ponto cronológico se delimitou nosso trabalho, pois foi nesta época que o status de oppidum céltico, de "barbárie" sofre uma alteração social profunda na Lusitânia, fazendo com que cidades como Conimbriga, um oppidum rústico, se tornasse Flavia Conimbriga, possuindo habitantes indígenas com direito a cidadania romana, uma alteração sobretudo política, cultural.
É nosso objetivo perceber esse diálogo cultural entre celtas e romanos, onde se permite verificar os elementos indígenas mesmo depois do direito latino ter sido imposto, revelando características locais nessa que foi uma cidade indígena romanizada. A partir de meados do séc. I d.C., Conimbriga inicia um processo de reconstrução do espaço interno do antigo oppidum e desenvolve aptidão de cidade com característica romana. Ela passa a fazer parte do mundo colonial romano e vai sofrendo em seu espaço urbano alterações culturais aceleradas; os muros crescem, as inscrições em latim aparecem, surge um fórum imponente, termas são construídas. O indígena participa desta construção em pedra, modelada pelo estilo clássico romano, mas levantadas pela mão nativa. Nesta forma de relação, uma modalidade social do "ser-para-o-outro", percebemos uma tentativa do "agir céltico," conimbricense, se aproximando do estilo de vida romano. É nesta tentativa de aproximação que às vezes percebemos o que eles tinham de cultura céltica/ indígena, por não possuírem um know how profundo acerca dos métodos de construção extraídos sobretudo de Vitruvio, com base no qual construíram os mosaicos de Conimbriga. Estas observações nos trouxeram inúmeras perguntas à urbanização de Conimbriga, entre as quais destacamos as seguintes:
por quê existiu o predomínio de um repertório de motivos geométricos indígenas nos mosaicos, não tem estilo romano com em Itálica e África do Norte? (ver figura 1, anexo V); por quê o traçado da planta da cidade não é ortogonal, e sim poligonal, não vitruviano por excelência? (ver figura 1, anexo VIII). por quê justamente o fórum é 100% vitruviano com 38,10 x 25,35 m. de planta, e a largura é igual a dois terços do comprimento e a lateral ocupada por nove tabernae? Desta forma, para abarcar estas questões percebemos a importância em explorar como foi o processo de romanização que aconteceu em Conimbriga, um oppidum de traçado ortogonal irregular verificado na planta e nos seus diversos bairros povoados. Estas perguntas nos intrigaram e nos incentivaram ao aprofundamento da pesquisa, buscando analisar e identificar os diferentes instrumentos utilizados pelos romanos para empreender a prática imperial. Dentre eles, delimitamos nesta monografia a análise da cidade em seu aspecto de romanização levando em consideração os seguintes objetivos: 1. verificar a interligação entre as mudanças no espaço urbano do oppidum de Conimbriga e a mudança de status jurídico-administrativa durante o processo de romanização; 2. identificar o padrão de construção pública romana de acordo com o contexto do sistema urbano local e regional; 3. relacionar este contexto político-econômico com sua economia envolvendo sistemas de produção, distribuição e consumo na sociedade como um todo; 4. verificar a sociedade local de Conimbriga em suas relações de poder dentro da província Lusitana. Para identificar a mudança no padrão de construção da cidade, nos utilizamos de mapas, gráficos e documentação material obtida através das escavações arqueológicas do parque de Conimbriga. Deste modo, os mosaicos, as estelas, estátuas, o fórum, a insulae, as termas, serão observados como veículos de romanização, obedecendo a um padrão cultural latino. Dentro deste contexto, estudamos o processo que levou o oppidum de Conimgriga a atingir o status de Municipium. Porém, primeiramente é fundamental historiar sobre a lenta chegada dos romanos na Lusitânia, antes da sua anexação efetiva ao domínio romano, como veremos a seguir. 2 CONQUISTA E ANEXAÇÃO DA LUSITÂNIA PELOS ROMANOS Em 218 a. C., os romanos alcançam o território peninsular. Isso ocorreu devido à segunda guerra púnica com Cartago, na África do Norte, que levou ao desvio de cena dos romanos para esta região, que continha inúmeros povoados, portos e fortes cartagineses, principalmente no período de Hanibal Barca. Os romanos vencem a guerra em 202 a. C., e já nesta época se levarmos em consideração Posidônio, Estrabão, Políbio e Plínio � o naturalista, que fazem uma narração geográfica da região, esta seria habitada por duas grandes populações indígenas: os celtas, celtiberos, iberos, vetones e os cónios (ver anexo VII). Em 197 a. C., a península foi dividida em duas províncias: a Citerior, dos pirinéus ao rio Almanzora e daí para o oceano ao sul seria a Ulterior. Em 194 a. C. ocorre o contato com a sociedade tribal dos lusitanos, por causa dos freqüentes ataques as lavouras. Públio Cornélio Cipião, governador da Ulterior, os vence. Lúcio Emílio Paulo, que assumiu o imperium proconsulare em 191 a. C., da Ulterior, é derrotado pelos Lusitanos em Lycon, onde relata ter perdido 6000 soldados. Os lusitanos vão se tornando um problema para os governos da Citerior e da Ulterior, em 186 a. C.. Neste mesmo ano lusitanos e celtiberos atacam Hasta na primavera. Os romanos os vencem, mas não em definitivo. Foi Lúcio Licinio Luculo, governador da Citerior em 151 a. C. que, auxiliado por Servio Sulpicio Galba, pretor da Ulterior, conseguiu vencer com relativo êxito os lusitanos. Diante da derrota, os chefes lusitanos negociam a paz. Galba finge aceitar e lhes convocam para doar terras. Divididos em três grupos, os abriga a entregar as armas e manda os soldados aniquilá-los. Os que não morreram foram enviados a Gália como escravos. Delatado como "ato desonroso", Galba foi julgado em 149 a. C., mas absolvido. Foi um discurso de Catão a favor dos lusitanos neste episodio, que apesar de não ter conseguido a condenação de Galba, determinou a criação de um tribunal para julgar os abusos dos pretores. Em 150 a. C., começam as "guerras viriatinas". Viriato, chefe dos lusitanos, praticava o saque no sul do Tejo. Consegue fugir de Galba e três anos depois estava no vale do Guadalquivir em outro saque. Cercado por Vetilio, governador da Ulterior, foge para cidade de Urso, depois seguem para Barbesula, onde vence Vetilio. Em 146 a. C., Viriato ataca Segóvia e Segobriga, cidades a favor dos romanos. Existiam porém, cidades revoltosas indígenas. São nestas cidades que em fuga os indígenas encontram alento. Em 143 a. C., as tribos dos Arevacos, Belos e Titos revoltam-se contra os romanos. Em 140 a. C., Viriato consegue sua mais importante vitória, sobre a legião de Fabio Maximo Serviliano, governador da Ulterior. Porém, negocia a paz com Serviliano e é reconhecido como "amicus populi romani", mas o tratado dura pouco tempo. No mesmo ano, o governador da Ulterior Servilio Cepiao declara-lhe guerra. Desta vez, cercado, Viriato manda dois guerreiros seus negociar com o governador da Ulterior. Cepião os compra e na volta estes matam Viriato. Sertório foi outro problema para Roma na região. Sendo cônsul em Roma, Gneu Papírio, em 83 a. C., Sertório foi nomeado pretor da Citerior. Quando tumultos aconteceram pela vitória de Sula sobre Cipião e Norbano, Carbão desconfia da fidelidade dos pretores nas duas províncias hispânicas. Sertório foi enviado para impedir que tropas dispersas apoiassem Sula. Quando Sula toma Roma em 82 a. C., Sertório estabelece nos Pirineus uma legião sob o comando e Livio Salinator, visando impedir o envio das tropas de Sula à Hispânia. Sertório é derrotado e foge para Cartagena. No ano de 80 a. C., os lusitanos enviaram mensageiros a Sertório para uma aliança contra os romanos. Alguns episódios da guerra sertoriana no sul da Lusitânia são conhecidos. A cidade de Lacobriga foi palco de batalha. Cecílio Metelo Pio, governador da Ulterior em 79 a. C., sabe da base de Sertorio em Lacobriga. Metelo sabendo que a cidade dispunha de um único poço de abastecimento de água, faz um cerco para obter rendição pela sede. Sertório envia 6000 homens com provisões e o vence. Sertório a esta altura, 77 a. C., dispunha de tropas indígenas, um enorme exercito aliado aos seus soldados romanos. Perpena, seu antigo conselheiro e oficial o assassina em 72 a. C. Aí chega o fim do longo período das resistências locais. Ficou claro para nós que os romanos lutavam para se estabelecerem na região por variados motivos, sobretudo econômicos, mas também estratégicos e militares. Os romanos em outras partes do império, ainda sofriam o perigo de revoltas dos celtas e elas já duravam dois séculos. Os romanos inseriram como precaução o tumultus gallicus, em lei, como uma emergência admitida. O recrutamento em massa de soldados romanos contra os celtas ainda é mencionado como lei na cidade colônia Genetiva Julia na Hispânia em 44 a. C. A pacificação dependeu de acordos com as oligarquias locais, que eram forças econômicas necessárias ao império, e sua assimilação merece nossa atenção. Durante esse mesmo período de pacificação, iniciou-se trocas comerciais entre os fortes militares romanos e os numerosos oppida da região. Os exércitos necessitavam de mantimentos e nem sempre as provisões podiam vir da itálica. A aproximação dos celtas e outros povos como os Cónios poderia advir deste cambio, destas trocas de provisões. Por outro lado, qualquer outro tipo de riqueza que não fosse produtos agrícolas, como minério, por exemplo, também necessitaria da aproximação das legiões romanas. Por isso, existem registros da nomeação de inúmeros decuriões ou de deslocamento das legiões para vigiar as minas em toda a Hispânia, sobretudo Vipasca e Ajustrel na Lusitânia, ambas vigiadas por legiões. De qualquer modo, para se construir uma cidade, eram levados em consideração alguns aspectos fundamentais, como por exemplo, povoados altos em montanhas, eram interessantes para defesa militar. Sabemos que estas motivações econômicas, fiscalizadas pelo império através das legiões militares aceleraram o aculturamento dos antigos oppida pelo incremento de sistemas de trocas e fisco como veremos adiante. A viabilidade econômica dependeu das garantias militares, sendo mesmo um de seus alicerces. Depois da pacificação, estes oppida se encontravam aptos a colaborarem com a coleta de produtos e riquezas da região. Devido aos emergentes postos de escoamento dos produtos agrícolas nos pequenos vici, estes seguiram rapidamente em direção da romanização e como conseqüência disso, modificaram seu antigo status político para municipium ou colônia. Explicando melhor, quando um vilarejo atingia um alto ponto de complexidade social, devido ao seu potencial econômico, seu status administrativo crescia igualmente para o governo da província Lusitânia, e Conimbriga seguiu este caminho, pois de oppidum, tornou-se municipium. Alguns fatores podem explicar a importância econômica de Conimbriga para a Lusitânia. Sabemos que esta cidade era produtora de vidro, sobretudo o azul, não só da Lusitânia, mas de toda a Hispania. Além disso, dados arqueológicos nos dão a dimensão da produção de moedas em Conimbriga, comparável a outros grandes centros mineiros da Hispania (ver anexo I). Produzia ainda cerâmica, também em grandes proporções, existindo várias olarias, como a ex oficina maelonis, e as nove lojas para vendê-las, margeavam o fórum. 3 A PRÁTICA DA ROMANIZAÇÃO IDENTIFICADA NA REELABORAÇÃO DO ESPAÇO URBANO EM CONIMBRIGA 3.1 A ROMANIZAÇÃO NUMA PERSPECTIVA DE IDENTIDADE E ALTERIDADE Para entendermos o processo de interação cultural que ocorreu em Conimbriga, procuramos sair do modelo binário presente na historiografia herdeira do séc. XIX. Buscamos então os pressupostos da teoria pós-colonial, amplamente discutida na historiografia inglesa, sobretudo nos Cadernos da University of Leicester. Existe uma extensa e moderna bibliografia sobre o Império Romano, em sua maioria preocupada em traçar uma analogia entre o imperialismo romano e a experiência imperial moderna. Tais estudos baseiam-se numa posição centrista (expansão romana e sua motivação), mais do que num processo hegemônico, pelo qual o governo foi mantido e na integração entre dominado e dominador. Constituem-se em análises silenciosas sobre as percepções daqueles cujas vidas fizeram o Império à margem das condições de produção do conhecimento. Assim, a imagem da ação imperialista romana é descritiva, unilateral mais do que analítica. Muitas vezes, reduz o império Romano a uma entidade invariada e estática. Atualmente se desenvolvem estudos que buscam desconstruir os específicos discursos e relações assimétricas de poder no Império Romano, defendem a idéia de que o Império Romano deve ser entendido como uma construção que foi usada para unir e dar simbolicamente sentido de coerência a numerosas experiências. Olhá-lo como uma construção não é negar a sua existência. É entender a forma pela qual esta existência foi criada e reproduzida historicamente. Questionam a noção de que o Império tenha sido sempre uma única realidade, uma totalidade cuja verdade pode ser reduzida a um conjunto básico de princípios organizacionais ou forma coercitiva. Os seguidores da teoria pós-colonial ressaltam, ainda, que não pretendem meramente trocar uma analogia por outra, quer dizer, aquela de um mundo colonial para um mundo pós-colonial. A principal preocupação não é comparar formas de imperialismo, mas os "discursos" que o tornam possível. Paralelamente, tem sido objeto de reflexão historiográfica o conceito de romanização, entendido como modelo básico de mudança social das províncias romanas. Por um lado, a romanização é vista como um processo que envolve a adoção homogênea da cultura romana pela população indígena e como um forma de progresso moral e social, pois parte-se do suposto abandono da identidade nativa pela adoção da imagem romana como um ato positivo e deliberado. Tal idéia marcou os estudos arqueológicos e as escavações. O conhecimento e a metodologia de análise estavam baseados na oposição básica entre duas categorias: civilizado e primitivo. Recentemente, esta postura tem sido criticada por aqueles que seguem os pressupostos teóricos pós-coloniais, os quais vêm a romanização como um processo que indica mudanças sócio-econômicas ou diferentes processos de interação. Nesta perspectiva fica implícito o reconhecimento de um contínuo desenvolvimento da cultura material nativa, aberta a processos interativos diferentes em épocas distintas e em resposta às escolhas e demandas locais, resguardando-se a alteridade. Frente a isso, nossa problemática pretende desenvolver o estudo, com base na análise de documentação textual e material, sobre as relações de poder entre Roma e a população dominada, ou melhor, considerar os aspectos criativos das práticas do poder e avaliar os resultados positivos do poder obtido pelos grupos indígenas através da "negociação colonial". Consideramos que a lógica binária explorador/explorado, ou colonizador/colonizado, oculta a realidade das relações de poder, pois um certo grau de independência das cidade no mundo romano permitiu um desenvolvimento e originalidade diferentes. Objetivamos repensar o nosso conhecimento sobre as sociedades indígenas em contato com Roma, detendo nossa atenção no dinamismo da hegemonia romana e nos sinais locais de negociação e resistência. A resistência pode adotar múltiplas formas: violentas explosões de desobediência, episódio moderado de desobediência e atos de resistência cotidiana, em pequena escala e repetitivos, os quais não têm porque apoiarem-se, necessariamente, numa ideologia concreta. Manifestam-se através da transformação da cultura material, a cidade, dos grupos dominantes, preservando a identidade local. Ed Said defende a hipótese de que o imperialismo moderno desencadeou um processo cultural globalizado entre ocidentais e não-ocidentais, tornando-se impossível ignorar ou minimizar a experiência sobreposta de ocidentais e orientais, a interdependência de terrenos culturais, na qual colonizador e colonizado coexistiram e combateram um ao lado do outro por meio de projeções, geografias, narrativas e histórias rivais. Defende, desta forma, a existência de conexão entre o imperialismo e a cultura, na medida em que, compreende a experiência imperial como um processo ou, a prática política de estabelecer e governar um território distante, a qual é sustentada e, talvez, movida por potentes formações ideológicas. Utilizaremos a noção de "fricção interétnica", para tornar inteligível as relações que envolvem grupos indígenas e a variedade de classes assim abrangente. Um estudo centrado no caráter antagônico dessas relações, com uma noção que supõe, desde logo, que o sistema interétnico constituído pelos mecanismos de articulação das unidades étnicas em contato se apresenta em permanente equilíbrio instável e que o fator dinâmico do sistema está no próprio conflito, seja manifesto ou seja latente. O termo etnia, em geral é empregado para designar um grupo social que se diferencia de outros grupos por sua especificidade cultural. O conceito de etnia está ligado aos paradigmas que envolvem grupos étnicos e suas culturas. O problema da etnia celta e do processo de mudança social através do contato latino, aqui definido como romanização, deve ser entendido como um processo de interação entre a alteridade céltica e identidade romana dentro de uma comunidade mista, inseridos num processo de fricção interétnica, baseado nas relações assimétricas de sujeição e dominação. Isto significa que as unidades étnicas em contato � romanos e celtibéricos � guardam relações de contradição. A identidade étnica é quase sempre o produto da interação de percepção interna e resposta externa, de forças que operam no interior do grupo étnico ou são impostas de fora. Por isso, dizemos "identidade e alteridade". Segato afirma que um contexto colonial, onde nele existem etnias diferentes a seguinte afirmação: É por isso que, nesse contexto, multiculturalismo e pluralidade étnica são fenômenos que se superpõem e, por outro lado, as categorias a que dão lugar são intercambiáveis. Elas tem uma raiz de uma história particular, um mesmo referente sociológico. Essas trocas culturais claramente percebido em Conimbriga, pela sua relação dialógica entre indígenas e romanos, tido aqui como agente ou fator externo. Situações de contato entre grupos étnicos diferentes trazem à tona um contato entre símbolos, que manifestam suas experiências divergentes lado a lado. Identificar as bases culturais de uma etnia, nos levou a entender a estratificação social que existiu na cidade de Conimbriga. Já foi identificado na epigrafia de Conimbriga, referencias à vários estratos étnicos diferentes, sobretudo célticos. Abaixo, inscrição que identifica um destes estratos urbanos indígenas: Lares Lubanci Dovilonicorum � representando o culto aos lares familiares desta gentilitas da tribo dos Lubanci. É bom se ter em conta que esta tribo fazia parte da gens dos Dovilonicos. A organização das gentilitates (sem esquecer que esses termos gens e gentilitas têm um sentido um pouco impreciso porque foram usados pelos autores romanos para descrever uma organização social diferente à sua) sobreviveu à romanização. Identificamos portanto estes diferentes estratos sociais, entre os habitantes de Conimbriga antes dos romanos: 1. Dovilonici 2. Lubanci 3. Pentonici 4. Conios (expulsos pelas tribos acima e que fez derivar o nome Conim � briga . um sufixo céltico). Esta tribo apresentava uma espécie de escrita particular. Eregiam pedras tumulares com esses caracteres indígenas litográficos. O fato de Conimbriga apresentar estelas em latim, demonstra o nível de romanização que os povos indígenas sofreram. Isto é "identidade e alteridade". A sociedade céltica não apresentava um conjunto de leis, mas sim normas de conduta estabelecidas pela ancestralidade mantenedora de uma longa tradição. A solidariedade no trabalho e na guerra e o respeito dos costumes ancestrais era obrigação de todos os membros de uma tribo, mas não com as tribos vizinhas, como em um sistema de federação. Ficou claro para nós que as tribos podiam ficar amigavelmente ao lado dos romanos sendo classificados como amicus populi romani, "amiga do povo romano". Isso permitiu o avanço romano através de negociação não só na região de Conimbriga como também no sul da Gália, vide os fatos relatados pelo romano Julio Cesar, como veremos a seguir: XXXVII � Na mesma ocasião em que esta resposta se transmitia a César, chegavam-lhe embaixadores não só dos Héduos, mas também dos Trevicos. Queixavam-se os Héduos, de nem ainda reféns poderem comprar a paz de Ariovisto, pois estavam as suas fronteiras sendo assoladas pelos Harudes, recentemente transportados à Gália. A esta negociação romana chamamos de negociatio. Isso ocorreu na Gália, na Hispania, particularmente na província Lusitânia como vimos no capítulo II, pág. 5, no caso de Viriato, chefe guerreiro nativo. Depois desse antigo estrato social ter se estabilizado desde o ano 500 a. C., quando da chegada dos Celtas de classificação antropológica "Hallstaat Tipo – C ", Conimbriga recebe a cultura romana, combinam suas culturas, sobretudo no séc. Id. C., gerando o hibridismo estudado neste trabalho. Exatamente estas diferenciações culturais � a região, os costumes, a linguagem, instituições; fizeram com que o elemento híbrido, de oppidum passando à municipium. A princípio poderíamos afirmar que isso foi realizado devido a um preocupação constante com o poder de defesa do império, sendo necessário consolidar a conquista e controlar os indígenas. O passo seguinte foi a criação da municipalização dos oppida, realizada com a coopitação das elites locais que reclamaram um novo status jurídico para suas cidades. Isto significou a concessão de privilégios em troca da assimilação do direito romano na gestão pública da cidade com a renúncia das fórmulas administrativas próprias. Paralelamente a esse processo de romanização, observamos a sobrevivência de determinadas estruturas indígenas nas populações, e em Conimbriga não foi diferente. Percebemos isso no projeto urbano da cidade, muito divergente de uma concepção vitruviana para uma cidade romana. Na Lusitânia, apenas Aqua Flaviae apresenta uma planta regular, com a observação do cardus e decumanus, ou seja, o planejamento assimétrico vitruviano. Conimbriga e as outras continuaram com o antigo traçado do oppidum céltico, bastante diferenciado (ver anexo VIII). A ausência de uma planta vitruviana, sem cardus ou decumanus, implica uma utilização do espaço utilizado pelos indígenas, em habitações anteriores, o que percebemos como um estado híbrido de culturas, uma permanência. Na verdade a planta da cidade não é quadrada, mas um polígono muito irregular (ver anexo VI). Sabemos da importância para os romanos da sacralidade na construção da cidade, repleta de ritos e de conformidades, e que Vitruvio explica detalhadamente em seu tratado "Os dez livros de Arquitetura". Diria que a regra vitruviana tinha que ser observada como uma lei, pois estava inserida na tradição romana. O fato de Conimbriga apresentar um urbanismo bastante irregular faz considerarmos sua planta como híbrida, celto-romana, mantendo sua identidade depois da alteridade. Neste sentido gostaríamos de relatar algumas considerações feitas pelo romano Marco Lúcio Vitruvio em sua obra "Os dez livros de Arquitetura", onde percebemos sua visão em relação às construções dos indígenas celtas da Lusitânia, na qual exprime uma idéia de "primitivo", de "rudimentar". […] no princípio plantaram árvores e entrelaçaram seus ramos, levantaram paredes que cobriram com barro; outros edificaram com palhas secas, sobre os quais colocavam madeiras cruzadas, cobrindo com canas e ramos secos para resguardar-se das chuvas e calor; mas para que semelhantes artefatos pudessem resistir as chuvas invernais, os rematavam na ponta e as cobriam com barro para que, por causa dos galhos inclinados, escorresse a água […] Podemos explicar que isso se passou em suas origens (dos homens), como temos dito, porque hoje mesmo os vemos em algumas províncias, como na Gália, na Hispania, na Lusitânia e na Aquitânia, cujas construções ainda seguem cobertos com palhas e gravetos […] Nestas palavras escritas por Vitruvio, verificamos um ponto importante, a imagem de região primitiva que os romanos tinham dos indígenas lusitanos, espelhados em suas construções rudimentares, que segundo o autor, remetia aos tempos dos homens selvagens do passado remoto. É importante ressaltar que este tipo de construção modesta existia em Conimbriga, expressa no bairro indígena que permaneceu habitado mesmo depois da cidade ter construído o centro político romano, o fórum de Augusto. Isso exemplifica o cuidado que o romano tinha no lidar com culturas diferentes à sua, fazendo-se adaptarem paulatinamente aos novos hábitos, permitindo uma razoável acomodação da cultura nativa. Aqui não podemos deixar passar a ligação estreita de Vitruvio com o culto imperial a Augusto, e conseqüentemente, o urbanismo augustano bem ao gosto de Vitruvio. Em Conimbriga, podemos observar esta ligação no busto de Augusto encontrado na mesma cidade. O busto de Augusto aqui encontrado faz parte das inúmeras obras dedicadas a este imperador em Conimbriga como retrato do culto imperial. Conimbriga apresenta ainda um templo dedicado a ele bem como inúmeras estelas votivas e aras do mesmo imperador. Analisando a obra de Vitruvio, podemos verificar que a mesma visava exaltar o Império Romano. As políticas imperiais pós Julio César, mostram o quanto a arquitetura vitruviana foi veículo para tanto, como podemos perceber no trecho de sua obra "Os dez livros de Arquitetura", a seguir: Na longitude pelo lado paralelo do Fórum, ou praça pública, incluindo as dos ângulos, existem oito; mas no lado oposto, incluindo com os ângulos, não há mais que seis, porque neste lado foi suprimido as colunas do meio por temor que bloqueassem a vista do templo de Augusto, que precisamente está situado no meio da fachada, no centro da praça pública e do templo de Júpiter […] Por isso em Conimbriga existe um pequeno templo dedicado a Augusto. Por isso também foi encomendado a seu busto, um retrato imperial em si, e tantas outras aras dedicadas a ele. Observamos que na medida que Vitruvio critica a "primitiva cultura selvagem da Lusitânia", ele esboça a função do seu projeto urbano: ressaltar a potestas de Roma; saldar o Imperador. Aí ele se torna veículo da propaganda do Império Romano com sua arquitetura voltada para este tipo de poder, como bem expressa em sua obra, quando diz: […] oh César! Sinto-me apoiado com a autoridade dos grandes homens e fazendo uso de seus próprios sentimentos e opiniões, tenho escrito estes livros. Há também algumas inscrições, em dialeto local, nas estelas votivas com o paralelo nome em latim. Existe uma resposta indígena ao projeto municipalizador de Roma, o nosso principal objeto na pesquisa, escolhendo Conimbriga como local de estudo para estas transformações sociais. Isto porque o Império Romano estruturado num sistema hierárquico de províncias, civitates e municípios, teve como instrumento mobilizador da experiência imperial, a cidade. Jorge de Alarcão, um arqueólogo português, com diversos trabalhos sobre a província Lusitânia e particularmente sobre Conimbriga, creio que avança mais no problema dos oppida romanizados. Este autor percebe uma interação cultural, e identifica o problema das divindades celtas na Lusitânia. Nesse ponto afirma: […] a designação Latina a par da indígena demonstra, da parte das populações nativas, o conhecimento dos deuses romanos; e não somente isso, mas o reconhecimento de que os seus deuses e os latinos afinal se equivaliam […] não nos deixemos, porem, enganar. Quando uma ara é dedicada ao deus Mars ou ao deus Mercurius, é verdadeiramente o Romano que se adora? […]; tais inscrições serão portanto ofertas a divindades indígenas que se mencionam pelo nome Latino, não pelo nativo. O curioso é observar, com o passar de centenas de anos, que o contato com os romanos fez estes povos "absorver latinidades", entretanto construindo uma grande releitura da cultura romana, produzindo diferenças que se revelam de forma divergente de uma latinidade por excelência. A essas trocas entre atores sociais divergentes, damos o nome de interpretatio. Estes aspectos de sincretismo podem ser analisados na sua cultura material, por exemplo. Um mosaico com um motivo tipicamente romano � o da caça ao veado � é apresentado como absorção da latinidade em sua plenitude (ver figura II no anexo � mosaicos). Neste sentido, a cidade de Conimbriga receberá no presente estudo um olhar que irá enfatizar suas construções urbanas que muito pode nos dizer de sua vida cotidiana, seus costumes, suas crenças, num contexto de que a própria cidade foi instrumento da cultura imperial. Não estamos aqui afirmando que as hostes de guerreiros celtas migraram do centro da Europa, mais precisamente na atual região austríaca, a antiga Panonia, no vale de Hallstaat, estabelecendo-se na Lusitânia e conseqüentemente, os contatos com os romanos. Isto porque as migrações ocorreram por volta de 500 a. C., o que proporcionou aos celtas, contatos culturais diversos � fenícios, gregos, cartagineses, íberos, etc. – o que também aponta para um aspecto contrário ao discurso de autores clássicos que aludem aos celtas como "selvagens montanheses". Em nosso trabalho pretendemos analisar o que realmente permaneceu de indígena, de céltico, durante a romanização, buscando redimencionar o olhar que traz uma idéia de "passividade" por parte dos indígenas frente ao Império Romano, que muitas vezes encontramos na literatura quando trata deste diálogo indígeno-romano. 3.2 A CIDADE ROMANA COMO VEÍCULO DA ROMANIZAÇÃO � CASO DE CONIMBRIGA. A cidade romana foi o instrumento de poder da cultura imperial. No decorrer do século I d. C., houve a urbanização artificial dos oppida romanizados, digo "artificial" porque foram realizadas por decreto antes das obras começarem. Essas leis, como a Lex Municipalis, começaram a ser colocadas em prática no período augustano e se solidificaram no período flaviano. Conimbriga sofreu diretamente o impacto dessas leis "civilizatórias"que tornaram o oppidum rusticus em municipium flavia conimbriga. De fato, a importância da cidade no império romano por razões estratégicas e econômicas mobilizava inúmeros destacamentos das legiões, para garantir o tranqüilo escoamento das riquezas produzidas nela, ao mesmo tempo que era palco do "agir civilizatório". Podemos considerar a cidade romana como a maior construção cultural que o império produziu. Desta forma, os oppida indígenas foram transformados em cidade, em município, e dezenas de outras unidades administrativas de menor tamanho. Percebemos que foram instituídos com o intuito de descentralizar o governo da província, possibilitando desta forma melhor fiscalização realizada pela capital da província Lusitânia, Emerita Augusta. Através de uma extensa malha burocrática, a Lusitânia tinha sua riqueza controlada, com o fiscus, o census e a contribuição stipendiaria se necessária. Numa sociedade verticalizada, profundamente hierarquizada como a romana, nada mais natural que se classificasse os povoamentos de acordo com o seu tamanho e envergadura geográfica, além de interesse econômico e militar. Desta forma seria interessante demonstrar de maneira ampla, pela ótica romana, a verticalização na organização provincial, nos moldes como foram demarcados na província da Lusitânia, relacionadas abaixo: 1. Conventus – subdivisão de província; a Lusitânia tinha três: o pacense, o escalabitano e o emeritense. Um conventus podia ter onze ou mais civitates. Sua função era a de garantir a presença da máquina administrativa romana no interior e era na cidade capital de um conventus habitada sobretudo por cidadãos romanos da itálica ou mesmo de Roma. Por isso sua importância era sobretudo jurídica e ali existia os tribunais para se julgar litígios e delitos cometidos no interior. Sem esses conventus, Roma perderia o controle do império vasto como era. Agregado a esses valores, ou talvez por eles mesmos, a riqueza produzida na província era contabilizada ali mesmo, sendo responsável que era pelo comercio e pela defesa. Também era denominada de conventus civium Romanorum. 2. Civitate – subdivisão de cada conventus; um conventus podia ter vários civitates. A civitate era uma divisão territorial onde se levou em consideração seus componentes étnicos, seus povos, porque os romanos praticando a hospitalidade, preferiam negociar tribo a tribo comercialmente, e com um representante romano em cada uma delas. Isso evitava conflitos entre tribos rivais aumentando o controle sobre elas. 3. Coloniae – uma cidade totalmente romana construída sem a ajuda de indígenas; por exemplo, Emerita Augusta, mandada erguer pelo próprio Augusto através da mão de obra das legiões desmobilizadas por um longo período de paz. 4. Municipium – segundo tipo de cidade romana, uma cidade média, várias vezes citada por Vitruvio, mas que aproveitou a geografia do oppidum e de sua população nas obras. Existem poucos cidadãos romanos de fato, os magister e questores. Esta era a situação de Conimbriga. 5. Civitas – pequena cidade sem importância política e que dependia da infra-estrutura econômica/administrativa de uma capital regional, chamada "capital de civitas". Conimbriga era uma capital de civitas. Nesta capital de civitas existia um precioso documento, o tabularium, um livro de leis e regras da política romana para a região. Os governadores em viajem sempre ali iam para fiscalizar ou pernoitar quando em viajem. 6. Republica – quando em Roma assumia um Imperador de um tribo diferente da anterior, era comum se mudar o epíteto das cidades do Império. Por isso Conimbriga muda sua legislação para Respublica Conimbrigensis, quando o Imperador era da tribo quirina. 7. Populi – cada conventus tinha vinte e quatro populi ou mais; as populi eram vilarejos indígenas rústicos e de pequenas dimensões. Os romanos preferiram governar as regiões pelos Conventus e não diretamente pelos populi. 8. Miliario/centum – fortificação militar geralmente situada nos limites de fronteira entre civitates. Eram assim denominados porque os romanos construíam este forte militar com base no sistema quilométrico romano, a chamada milia pasum, ou centrum. Era similar ao sistema de contagem por estádios. 9. Vicus – a tradução literal seria bairro. É um tipo de forte militar. Foi aproveitado o antigo assentamento indígena para construí-lo. De tamanho bem menor do que uma coloniae ou um municipium, o vicus era na verdade dependente deste; por exemplo, o vicus Baedoro, (hoje Miranda do Corvo), pertencia a Conimbriga, inclusive estava incluso no território deste municipium. Tinha uma função militar. 10. Terminus – cada terminus podia possuir cerca de setecentos castrum ou mais. Significa linha de fronteira. Com o culto de Augusto foi erigido, nas linhas de fronteira, monumentos dedicados ao seu culto de forma que se passou a chamar esses pilares marcadores de termini augustales. 11. Castelum – na verdade, este tipo de povoado foi concebido pelos romanos aproveitando-se os oppida anteriores, e reorganizando-os como posto militar. É errôneo considerá-los como simples oppida. Pode se considerar como um acampamento militar. É o mesmo que castrum ou castro. 12. Territoria – demarcação das civitates por meio dos padrões termini augustales, realizada por Articuleio Regulo, no século I d. C., ano V, à mando de Augusto, num total de quatro territoria. 13. Castrum – ou castro. O mesmo que castelum. 14. Villae – um povoado rural, agrícola, que podia abrigar uma ou dezenas de famílias do interior, era constituído por uma pars rústica e uma pars urbana. Anca era uma villae pertencente a Conimbriga e distava dela cerca de 30Km. As villae tinham uma especialização em singulares produtos agrícolas, tais como o vinho, o garum, o oleum. 15. Mansio – ou mansiones; pequeno povoamento rural, menor que uma villae. 16. Vici – era um povoado não romanizado localizado em áreas remotas. Apresentam nomes não latinos. Como exemplo temos o Dercinoassedenses vicani Cluniensium. 17. Pagi Suburbanus – subúrbios ou distrito rural de uma cidade romana e que tinham importância comercial por apresentarem um grande mercado. Existiram vários pagi famosos pela riqueza ou por disputas judiciais. Entre estes destacamos o pagus de Emerita Augusta, que a arqueologia ainda não nos trouxe o nome, o Pagus Rivi Larensis na costa atlântica, o Pagus Carbulensis situado em Carbula. Ali, o comércio era regulado por leis como a ius nundinandi que garantiam a feira de oito dias. 18. Cidades peregrinas/ou itinerantes � nome dado às povoações não romanizadas por opção própria ou por acordos de guerra e por isso, pagavam impostos vultuosos. 19. Oppida rusticus – eram os antigos povoamentos indígenas que por se situarem em montanhas afastadas, não tinham sido alvo de romanização, certamente por falta de interesse econômico em sua região. Pagavam o alto imposto de cidade stipendiária. 3.3 O ESPAÇO URBANO DE CONIMBRIGA � SUPORTE DO DISCURSO ROMANO DE PODER: UMA MENSAGEM. A romanização esta intrinsecamente ligada ao urbanismo romano. Monumentos, estatuária, mosaicos, estelas funerárias, inscrições votivas; tudo realizado com um mesmo propósito, a mesma motivação: romanizar por meio das construções da cidade. Para podermos entender as obras arquitetônicas de Conimbriga no período de Augusto, nos orientaremos pela obra de Martine Joly "Introdução à análise da imagem", que explora a análise da mensagem visual fixa, as diversas significações da imagem e as resistências que a imagem pode suscitar, bem como as funções que pode cumprir. A imagem é universal e é produzida pelo homem desde a pré-história até os nossos dias. Ela traz em seu bojo uma significação, uma "mensagem". Qual a mensagem que o imperador Augusto desejava passar aos habitantes de Conimbriga, através das construções e como elas revelam a relação identidade/alteridade? Ao trabalharmos com a análise da imagem precisamos dar um tratamento diferenciado a ela, pois a imagem é um documento, a imagem do Imperador é o seu retrato. Lidaremos com a percepção da imagem e sua interpretação. Neste sentido, em nosso trabalho, trataremos da análise das construções arquitetônicas produzidas durante o período de Augusto e também na época flaviana. A obra de Joly mostrou-se vigorosa como instrumento teórico no estudo do espaço urbano daquela cidade. Reconhecer uma ou outra imagem não indica que se está à compreendê-la. Observar, por exemplo, certos motivos geométricos nos mosaicos de Conimbriga não nos informam diretamente sobre a significação precisa e detalhada da imagem. Existem muitas possibilidades entre a imagem e a realidade que ela supostamente deveria representar. Quando se analisa as imagens, temos que decifrar as significações que a "naturalidade" aparente � e muitas vezes enganosa � das mensagens visuais implica. A imagem é antes de tudo uma produção de mensagem, uma construção. Um dos problemas que nos interessam em Conimbriga é o modo como as imagens foram produzidas. Sabemos que uma imagem é antes de tudo uma mensagem visual. Nela, elementos percebidos, descobertos por permutação, onde elementos indígenas são mesclados a latinos, encontram sua significação não apenas por sua presença ali no fórum, ou no bairro indígena, mas também pela ausência propositada de certos elementos. A imagem é uma mensagem para o "outro", como por exemplo o busto de Augusto em Conimbriga (ver anexo IV). Devemos então levar em consideração o estudo da função da imagem e o seu contexto de surgimento, ou seja, o processo de municipalização. Consideraremos a imagem como uma mensagem visual e portanto, sua linguagem, como uma ferramenta de expressão e de comunicação. Qualquer mensagem exige, em primeiro lugar, um contexto, também chamado de referente ao qual se remete. Em seguida, exige um código pelo menos em parte em comum ao emissário e ao destinatário, algo comprovado pelo fato das imagens exibirem textos em latim e as vezes em língua local, mesmo nas divindades indígenas. Pensamos ser importante, tal como Kevin Lynch, estudar as imagens públicas, as figuras mentais comuns que um grande número de habitantes de uma cidade possui: áreas de acordo, cujo aparecimento pode ser verificado na interação de uma realidade física única, uma cultura comum. Os habitantes de uma cidade, incluindo Conimbriga, possuem numerosas relações com determinadas partes dela, e a sua imagem está impregnada de memórias e significações, que transmitem uma mensagem, falam de algo. A cidade é uma construção no espaço, feita em grande escala, o que exige tempo para o habitante percebê-la. A mensagem necessita de um contato, canal físico entre os habitantes que permita estabelecer e manter a comunicação, como por exemplo, o trajeto diário do habitante do bairro indígena em direção ao fórum. Neste caso, a mensagem produzida pela imagem, foi produto de arquitetos romanos que de modo constante alteraram a estrutura de Conimbriga por razões particulares, ou seja, destacar a cultura romana sendo veículo de propaganda dela própria. A remodelação da cidade com diversas insulae, domus, termae, não foram construídas de modo aleatório. Essas demarcações territoriais foram feitas levando em consideração o status do habitante de Conimbriga. O bairro indígena (ver figura 1, anexo III) certamente era habitado por moradores sem a cidadania romana ou pelo menos sem integrar o senado local. O fato de podermos constatar a permanência de um bairro indígena em meio as insulae de Conimbriga já em pleno processo de romanização, nos indica uma certa permissividade de convivência entre aspectos divergentes entre as duas culturas. Por cuidado, o fórum foi construído ao lado da estrada de acesso ao bairro indígena, indicando-lhe superioridade. Por outro lado, as enormes insulae e termae foram construídas levando em consideração as novas necessidades de Conimbriga, de se adaptar ao agir romanus, protagonizado pelo expressivo número de mais de sessenta homens integrantes do senado desta cidade. As insulae (ver anexo XI), foram construídas no momento em que os indígenas da cidade adotaram o tipo itálico de domus. Era recheada de vendas comerciais de artesanato. As termas augustianas (ver anexo XII), obtinham água canalizada à cinco Km da cidade extramuros através de um aqueduto irrigavam o caldarium de águas quentes e o frigidarium de águas frias. Pensamos que são estes cidadãos romanos que discutem a política do império no fórum, usufruem de termas particulares, moram em casas particulares com jardins sultuosos. Temos como exemplo a domus de Cantaber, o maior de Conimbriga (80 x 40 m) e um dos mais amplos em todo o mundo romano ocidental. Ao habitante conimbriguense, de cultura indígena mais ou menos preservada, resta freqüentar as termas públicas, ao anfiteatro, ou ainda habitar o seu próprio bairro indígena. Existe um forte motivo para a consolidação deste modo de vida romano que determinará sua realização � o culto imperial. O culto imperial a Augusto foi responsável por inúmeras obras que mudaram definitivamente a face do antigo oppidum, a principal delas possivelmente foi a do fórum de Conimbriga. O fórum, unificador dos poderes políticos religiosos, comerciais e militares, trouxe a lei romana para mais perto do cotidiano da cidade. O fórum augustano de Conimbriga apresenta um criptopórtico e uma cripta para o culto imperial a Augusto, além de nove pontos de comércio, além da cúria, de função política (vide anexo X). A cidade pode e é veiculo de romanização e como centro político, alterou a situação social vigente anterior a chegada dos romanos. Isto é identidade/alteridade. A mudança estrutural do oppidum muda sua cultura, identidade, alterando o significado social de seus valores indígenas, tribais. O culto aos lares, gênios ou penates romanos foram utilizados pelos indígenas de Conimbriga como forma de cultuar seus antigos deuses do sincretismo religioso. Para não omitir alguma divindade que pudesse ofender a romanos ou celtas, o artesão realizava a inscrição sob o nome genérico de gênio conimbriga ou lares conimbriga. Sabendo da importância dos cultos populares, o Imperador Augusto se auto-diviniza justamente nestes cultos sob o nome de lares augusti com a finalidade de trazer à sua figura a adoração dos cultos mais populares. No de Augusto temos a clara percepção dessa alteração, passo a passo. As divindades indígenas são deixadas de lado, deixando somente uma divindade domestica, os Lares Conimbrigensis (ver figura 1 � anexo II) para dar conta de qualquer manifestação religiosa. Nestes "lares" foi incluído todo e qualquer tipo de divindade familiar, isso dito de qualquer etnia de Conimbriga, acredito que inclusive "extramuros", ou seja, nas formas religiosas adoradas nas vicus das redondezas da cidade. Ocorre um sincretismo religioso. Neste período do séc. I d. C., vão aparecendo um leque enorme de construções para o culto de Augusto, sejam elas aras, lápides, pequenos templos, bustos, etc… (ver figura 1 � anexo IV). Todos estes achados foram descobertos na arqueologia do período augustiano no parque de Conimbriga. Whittaker, percebe que a cidade romana foi veículo da cultura imperial, ao mesmo tempo que ressalta a importância dos valores religiosos romanos como instrumento poderoso nesse processo de romanização. Inscrições dedicadas ao culto de Augusto indicam por vezes serem divindades populares, caso por exemplo dos Lares. Augusto se apropria do mito de que o imperador possui mérito divino, possuindo espírito protetor. Ele mistifica o poder imperial e essa será a essência da cultura imperial urbana nesse momento do século I d. C;. Num primeiro momento, poderíamos verificar a existência de uma ara religiosa com a inscrição "in arris martis augusti", ara dedicada a Marte Augusto, encontrado em um pequeno anexo ao fórum, sendo um pequeno templo dedicado ao culto de Augusto. Num segundo momento, podemos levar em consideração a lápide divus Augustus (divus, "deificado"), também como indício de culto, pois foi erigido por um flâmine provincial em Conimbriga, ou provavelmente pelos seviri Augustales, sacerdotes especiais desse culto augustiano. Encontrar o busto de Augusto, nada mais é do que um "retrato imperial" da vida cotidiana conimbriguense, sendo objeto de culto que se soma a este contexto. Não podemos deixar de falar aqui que nas estátuas encontradas em Conimbriga de deuses inteiramente romanos, encontramos um Apolus Augustus; e um Pietas Augusta. Uma estátua de Mars Augustus, encontra-se num pequeno templo situado na lateral do fórum. Tudo isso faz parte da crença de que o imperador Augustus, tinha mérito divino, sendo possuidor de um espírito protetor. Por isso suas estátuas foram adoradas, juntamente com um epíteto, pietas, apolus, etc. A imagem de Augustus nesse caso, possui uma função normativa, muitas vezes dominante na imagem, numa dimensão de instrumento de conhecimento. Isto porque certamente fornece informações sobre os objetos, os lugares ou as pessoas, em formas visuais tão diversas quanto as ilustrações, painéis, estatuas, etc. A imagem é um instrumento de conhecimento porque serve para ver o próprio mundo e interpretá-lo. A imagem não é uma reprodução da realidade, mas o resultado de um longo processo onde foram utilizadas representações esquemáticas e correções. Quando uma imagem é copiada, não se trata da reprodução de uma experiência visual, mas da reconstrução de uma estrutura modelo. A imagem dessas construções possuem mensagem. Interpretar uma mensagem, analisá-la, não consiste certamente em tentar encontrar ao máximo uma mensagem preexistente, mas em compreender que essa mensagem, nessas circunstâncias, provoca um significado aqui e agora, ao mesmo tempo que se tenta separar o que é pessoal do que é coletivo. Estudar as circunstâncias históricas da criação de uma obra para compreendê-la melhor pode ser necessário, bem como as intenções do autor. Para analisar uma mensagem devemos nos colocar do lado em que estamos, o lado da recepção, levando em conta a necessidade de estudar o conteúdo histórico dessa mensagem, tanto a nível de surgimento quanto a nível de recepção. A análise da imagem, inclusive da imagem artística, permite ler com maior eficácia mensagens visuais. Isto requer uma desconstrução artificial para quebrar os diversos mecanismos, caminhando para uma reconstrução interpretativa fundamentada. Vimos desta forma, que um dos veículos importantes na consolidação cultural de uma particular etnia são seus símbolos. Eles funcionam como veículos sociais, culturais, políticos ou religiosos para se identificar e para relacionar com os outros. Eles emergem justamente daí: – da necessidade de mostrar as diferenças entre dois ou mais grupos étnicos diferentes, sendo produto de percepção interna a uma resposta externa (caso dos indígenas conimbriguenses aos romanos que ali chegaram). Afirmamos que são reativos as forças de grupos que vem de fora da cultura nativa. Pode existir uma competição entre dois grupos étnicos, visando obter a hegemonia pelas vias de comunicação à população. Podemos perceber isso claramente nas inscrições votivas à deidades indígenas e romanas. O fato revela claramente um lugar de importância de culto destinado a diferentes extratos sociais, mesmo etnias diferentes. As inscrições são em latim, mesmo quando se referem a divindades com nomes indígenas. Nesse caso, o cognome latino sempre aparece me latim genitivo, geralmente usado para designar a filiação paterna do indivíduo. Para ilustrar essa situação de hibridismo cultural devemos relatar que em Conimbriga, 33% das inscrições de nomes, cognomina, escritos em lápides funerárias da população, apresentam nomes indígenas, mas se pensarmos em nomes gentilícios, nomen gentilicum, esse número subirá para 75%. Sabemos que essa presença filosófica indígena nos nomes representam de certa forma uma resistência cultural. Cantaber, um homem rico de Conimbriga era dono de inúmeras domus nos diversos bairros da cidade. Como o nome dele está atestado por inscrições em pedra, podemos descobrir claramente que seu nome não é de origem latina. Está muito mais aproximado de uma filologia céltica. O nome nas sociedades célticas era gentilício, ou seja, vinha da tribo, do ancestral, geralmente do pai; revelava honra geração após geração. O próprio nome Conimbriga deriva da tribo dos Conios, o que fez derivar o nome Conim (Conios) e -briga- ("fortaleza de montanha"), um sufixo céltico. O nome da cidade aparece duas vezes, com nomenclaturas diversas, sendo Coniumbriga, ou Conembriga no itinerário de Antonino e em inscrições votivas de período mais antigo, cerca de I a. C.. Isto demonstra que Conimbriga nasce céltica, se romaniza aos poucos num continuum que passa todo o século I d. C., século que consideramos significativo pelas transformações urbanas de oppidum para municipium. Escolhemos o século I d. C. pelas particulares mudanças que estavam ocorrendo no Império Romano. Pouco tempo antes do século I, em 15 a. C., o urbanismo augustano chega a esta cidade da Lusitânia, Conimbriga. A construção do fórum neste mesmo ano, introduz a cidade na vida pública romana, pois se estabelece uma relação mais estreita entre romanos e indígenas. Antes desse fato, Conimbriga não passava de um oppidum céltico, mantido pelos chefes dos Dovilonici, uma etnia indígena. O que aconteceu logo no início do período augustano é mais adentro no século I, sobretudo nos idos de 70 d. C., foi decisivo para a vida desta cidade. Esta data, 70 d. C., já no período flaviano de Vespasiano, dobra as construções arquitetônicas numa magnitude avassaladora � sobrou apenas um bairro indígena � e assume de vez o rosto de uma média cidade romana, o municipium, com todos os atributos do urbanismo latino, ou seja, fórum, cúria, aquedutos, basílica, e um anfiteatro. Aí se destroem as casas indígenas e os monumentos augustanos, substituindo o antigo fórum para erigir o fórum flaviano. Temos como algo significativo, o fato do oppidum apresentar a presença da cúria, antes do oppidum entrar oficialmente na vida pública romana, através da nomeação de duúnviros e magistrados. Este fato nos faz crer que os chefes do oppidum já tentavam uma "aproximação" ao modo de vida romano, visando aumentar seu status dentro da província da Lusitânia. Por isso, a cúria � destinada para a reunião dos notáveis de uma cidade romana � já existia numa época em que por definição administrativa, ainda era um oppidum. Isto nos deu a idéia de "dominação por consentimento", por aceitação das famílias e tribos locais ao agir romanus, a nova religião e conseqüentemente, uma nova concepção de cidade. Chamamos a isto de "práticas assistencialistas", de cooptação das elites locais, de negociatio. Outra face importante foi o fato de sempre no estudo de Conimbriga, nos depararmos com elementos celtas mesmo após a extensa romanização do período flaviano. O bairro indígena, mantido em suas características mesmo ao lado do fórum, uma lápide dedicada à uma divindade indígena, um mosaico com traços de arte céltica predominando motivos geométricos (ver figura 1, anexo V), em que pode ser observado os simbólicos padrões de cordas entrelaçadas, estilizadas em formato de pescoço de cisne, mais ou menos dessa forma (SSSSSSS) e conhecidos como "padrão dos cisnes". Aparece em metade das imagens de Conimbriga, sempre enfeitando as bordas da obra do mosaico, dando um aspecto de iluminura. Certamente é uma arte inspirada no La Tène, arte desenvolvida pelas ondas migratórias da região da atual Suíça. Penso que delimitar o elemento céltico do elemento romano seria uma tarefa despropositada. Não cabe aqui tratar de "purismos" e sim de perceber a continuidade de elementos híbridos de culturas particulares, mas que já se mesclavam à três séculos. NOSSA AVALIAÇÃO DO SENTIDO DE ROMANIZAÇÃO EMPREGADO E EXEMPLIFICADO EM CONINBRIGA. Se o problema étnico não fosse importante para os romanos, eles não teriam se preocupado em dividir para governar. A criação de organismos político-administrativos como os conventus, as civitates, os vici, as villae, foram criados com a intenção de dividir a administração romana em setores diferentes, o que foi dado o nome de vici, por exemplo, que significa "bairros". A Lusitânia, incluindo Conimbriga, foi pacificada no final do século I a. C., quando as resistências cessaram por tratados de paz, conhecidos como pax romana e isso fez com que se iniciasse uma intensificação da cultura romana na região. O que nós quisemos demonstrar foi que a cidade romana serviu de veículo para a romanização e que nessas cidades provinciais ainda se mantiveram traços da cultura local, indígena, o qual foi verificado durante a análise das construções urbanas romanas que alteraram o padrão interno do antigo oppidum, "intramuros" mas que o mantiveram o traçado irrregular de oppida na topografia exterior, a planta e o "extramuros". Firmada a paz na Lusitânia, Augusto assumiu o governo dela em 25 a. C.. Funda a colônia Emerita Augusta que se torna capital da província mais tarde, em 15 a. C.. Foi através de Augusto, nesse período após Emerita Augusta ter sido edificada, que houve maior atenção e interesse em aumentar o controle sobre os oppida ainda levemente romanizados, impedindo possíveis revoltas. Os contingentes de soldados das legiões, agora desmobilizadas por falta de guerras, era motivo de preocupação em Roma, sendo esse inclusive o motivo central da ordem para a construção de Emerita Augusta. Portanto, pelo menos inicialmente, a fundação de colônias aconteceu por razões de ordem estratégicas, para atenuar tensões sociais. Conimbriga, nosso objeto de trabalho, não escapou muito desse quadro de modificações geopolíticas. Sendo uma cidade média, antes um simples oppidum, Conimbriga adentrando o século I d. C. se preparava para num primeiro momento, incorporar-se nessa vasta rede de cidades do Império Romano possuidoras de status latino. Num segundo momento, participa do culto de Augusto, verificado em suas estátuas e inscrições dedicadas a este Imperador divinizado. Por fim, já se aprofundando século I d. C. adentro, Conimbriga se torna Flaviae Conimbriga, transformando-se em municipium. Para entendermos como foi esse processo de romanização dos oppida celtas, observamos o tratamento dado às povoações que entraram no estatuto romano no período de Augusto e depois sob os Flavios. Os habitantes das colônias, somente habitadas por cidadãos romanos, geralmente soldados aposentados, possuíam direitos totais da cidadania romana, incluindo a inserção do tributum soli. Em segundo lugar, nessa hierarquia existiam os municipia, fundados nas cidades indígenas de maior interesse estratégico, e onde apenas tinham direito à cidadania os magistrados. Esta era a situação político-administrativa de Conimbriga. Estas instituições municipais já tinham sido regulamentadas por uma lei póstuma de César, a Lez Iulia Municipalis. Os magistrados principais � duúnviros, edis, flâmines e questores � integravam o senado local somente depois de desempenharem seus cargos colegiais e anuais. Também integravam a curia, constituindo com seus familiares a ordo decurionum, que tinha o poder máximo acima da assembléia popular, chamada populus. A situação de Conimbriga era esta. Existia uma terceira categoria de cidades menos romanizadas, as chamadas cidades peregrinas, como Bracara Augusta, que possuíam um cognome imperial, governadas por duúviros e com privilégios fiscais. Por fim existiam os simples oppida, administrados por magistrados indígenas e conselhos de anciãos. Estes ainda mantinham uma organização social anterior à romana e pagavam severos tributos. Percebemos que na medida em que Conimbriga vai se romanizando, mesmo com ajuda de elites locais, ganhando status dentro da província Lusitânia com títulos como Capita Viarium (local de descanso apropriado para que viajava de Olissipo à Bracura Augusta numa Via), municipium flaviae, quando igualmente vai mantendo inúmeras características indígenas dando uma idéia de que elas se manteriam ainda por mais tempo. Isso só pode ser explicado pela existência de alianças locais, não obrigatórias, "à força", como inúmeros manuais de historia gostariam de fazer crer. Estudos mais recentes do Império Romano nos revelam uma certa liberdade no que diz respeito ao direito de culto, língua e reformas nas aldeias. A mensagem que Conimbriga nos passou em seus monumentos, ruas, muros e lagos artificiais, foi a de um povoado na montanha, distante geograficamente do centro de Roma, mas relativamente perto na mentalidade, o que fez com que se "aproximassem" do estilo de vida romano. Uma modalidade peculiar de "ser para-o-outro", num espaço delimitado, ou seja, uma cidade indígena sobre administração romana onde essas relações se deram, acredito não com violência, mas com negociação, com privilégios aos chefes indígenas locais. Não podemos nos esquecer que estas remodelações que municipia como Conimbriga sofreram, fruto de políticas augustanas iniciadas em 15 a. C., foram levadas a cabo antes mesmo do senado local ser constituído. Isso indica que os notáveis locais queriam se preparar o quanto antes possível para a entrada na vida pública romana, como conseqüência disso, a construção do fórum, de uma cúria. Por isso podemos afirmar: – Conimbriga, enquanto municipium, foi uma comunidade céltica organizada à maneira romana, estando normatizada em um quadro jurídico definido por uma lei, a lex municipalis. Essa mudança político-administrativa foi antes de tudo, uma experiência híbrida, uma diversidade cultural. Cada uma das linhagens étnicas de Conimbriga, ao se aproximarem do governo romano, não se contenta com um fragmento territorial ou um lugar assinalado, embora se possa viver no bairro indígena se assim o quiser. Mas os indígenas de Conimbriga aspiram abarcar outras cidades e assim o fazem, transformando em propriedades suas, portanto romanizadas, inúmeros vicus, villae, mansios, etc… O fenômeno social da romanização verificado em Conimbriga é, portanto, agregador de valores que serão exportados para fora de seu território, fazendo com que fosse capital de civitas. Concluímos que Conimbriga foi palco de relações de poder sim, de prestígio frente ao Imperium sine fine que era Roma, mas que ao mesmo tempo foram construídas entidades de valor, as reformas urbanas, que demonstravam esta feitura. Sendo antes de tudo trocas simbólicas que deram contexto a introdução de uma nova mentalidade � a romana � em que identidades contextualizadas pelo veículo "cidade", puderam realizar uma aliança cultural dentro e fora de suas fronteiras apenas geográficas. 1 � DOCUMENTAÇÃO TEXTUAL APIANO. História Romana. Traduction y notas de Antonio Sancho Royo. Biblioteca clássica, Madrid: Gredos, 1980, vol. 1. 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fabioliborio944[arroba]hotmail.com
Professor Mestre Fabio Liborio Rocha Editor da Revista Científica Lègein Bel. em História � Universidade Federal do Rio de Janeiro Mestre em Filosofia pela Universidade Gama Filho/Capes Secretário Executivo da Ong. Chave da Filosofia Professor da Universidade do Contestado, Porto União
Monografías Plus
Texto: a epopeia do pensamento ocidental
Plano de negocio casa de carnes
economia e mercado
O ATIVO E SUA MENSURAÇÃO
Teatro e as novas tecnologias
Farmacocinética da rifampicina em pacientes com tuberculose e aids
RESENHA DO LIVRO: Curso de Ética em Administração Empresarial e Pública
Análise do filme escritores da liberdade.
o agronegócio,a insegurança alimentar e os impactos socioambientais
Questão de formaçã geral enade
Princípio da competência
Elementos do grupo 14 da tabela periódica
Ensaio Crítico – Um olhar próprio sobre O Balão Vermelho – a não montagem de André Bazin
Educação de jovens e adultos
1- A norma internacional IEC ( Publ. 34-7 ) e nacional ABNT ( NBR 5031 )
Modelo Recurso Innominado
Geometria plana
Planificação descentralizada
Fichamento da 3ª parte do livro: História da América Latina de Edwin Williamson
Origem e difusão da avaliação de impactos ambientais
Jogos reduduzidos no futsal
Rui knopfli – naturalidade
separação da thecoslovaquia
Trabalhos
Resenha: becker – outsiders
SAE à paciente com pancreatite e Diabetes Mellitus
AÇÃO DE ANULAÇÃO DE INSCRIÇÃO INDEVIDA DE CADASTRO DE MAUS PAGADORES DO SPC E SERASA C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS C/C PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA
Questionário ciência politica
A consciência pode conhecer tudo?
Atividade Pratica Supervisionada – UNIP
Readequação de layout de uma unidade de alimentação e nutrição escolar
Estudante
A ciencia do concreto
Sabedoria e sabios em israel
A importância da escrituração contábil
Modelo PROINTER 1 Relat Rio Parcial
vegetação de praia
Portfolio de Espanhol
Cdc bares baladas restaurantes
Pa – salão de beleza
Biofísica – ressonância magnética
Circuito misto
Paramentação cirurgica
Genética
Relatório de análise sensorial
Dosagem do concreto
Métodos e ferramentas para aumento da confiabilidade
Manual atendimento e gestão de reclamações
Resumo: relações e mercados financeiros
Fisioterapia na saude da mulher
Edmund lech – fichamento da alta birmania
Análise estrutural: a alegoria da caverna de platão
Teoria Musical
Teoria pura do direito segundo hans kelsen
Marketing de varejo
Educação não formal e o educador social
A importância do setor de faturamento de um hospital: um estudo de caso no hospital de caridade são roque.
Distinção social e mecenato
Revolução industrial suas fases e consequencias
Resumo malhotra
Sociologia
Apostila de direito penal (parte geral art. 29 a 120)
Paper didática
Comunicação,clima e cultura organizacional
Michel miaille – introdução crítica ao direito
Pré projeto / educação especial inclusiva
Promoção da saúde e qualidade de vida
suplemento proteico para equinos
Peritonio
DESPACHO DE PROCESSAMENTO DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL DE EMPRESAS
caminho do acetato
A história da linguagem de sinais no brasil
business Game
O Panoptismo e O Filme a Onda
Manganês
Circuito serie e paralelo
Atividade estatistica
Resumo do capitulo 11 do kotler
Síntese, Purificação e Determinação da Pureza do Ácido Acetilsalicílico
RESUMO DO LIVRO: EVOLUÇÃO – O SENTIDO DA VIDA
geologia
Controladoria: custo ou beneficio
Sociocentrismo
Ética biomédica
Drogasil
CONFLITO NORTE-SUL:
Aprendizagem
Avaliação diagnóstica
temas transversais
Central de material esterilizado (cme)
A importância das empresas familiares
“O pós-fordismo: a reestruturação produtiva e as organizações”
Relatorio tecnico de informatica
Resumo sobre milho
Gabarito de história
cristianismo católico
Suplementos alimentares
Empresa natura
Judaismo – resumo
Cigarros marlboro – uma visão do marketing
Internet e sociedade em rede- manuel castells, pela ciberdemocracia – pierre levy
Autores considerados clássicos do pensamento sociologico
Uma análise crítica do filme intocável sob a perspectiva do processo de luto
EMPREGO DO SERVIÇO EXTRA NA PMERJ EIMAR RODRIGUES PEREIRA – TEN CEL PM
Senso comum / sociedade / cultura
Engenharia de software locadora de dvd
TRABALHO INFORMAL NA CIDADE DE MANAUS
iniciaçao a filosofia
Homo sapiens
Dança classica moderna e contemporânea
O mundo segundo a monsanto
Resumo: a arte pré-histórica africana
Mudanças e transformações sociais
Entorse de tornozelo
Privação e delinquência
Liderança e a nova ciência – resumo
Tutorial de Projeto e Construção de Transformadores.
Pap turismo
capítulo XVIII do livro História da Riqueza do Homem
Química
Socrates
Quimica
relação entre esporte saúde doping e qualidade de vida
Fundamentos históricos da educação no brasil:
Pericardite
Análise sobre a definição de política, poder político, estado, governo, soberania, etc, para os grandes pensadores da teoria política desde nicolau maquiavel
como fazer uma resenha, projeto, artigo?
Conclusão de funções da linguagem
Análise estrutural – catedral de brasília
Introdução a energia elétrica
intertextualidade entre literatura marginal brasileira e literatura africana
Geopolítica – nafta
Sumario justificado
Émile durkheim , sociologia da educação: sociedade, educação e vida moral.
Contestação
Aula prática 11 – Obtenção de Sabão.
Destronando Jezabel
Conceito de mercado de trabalho e mercado de recursos humanos
Planos de Aula de Educação Física – Educação Infantil
3 ano quimina
Portfólio- amebíase
Liderança e o papel do líder nas organizações
El misterio de la llave
Marketing – aspectos culturais do consumo
Serviço social:rompendo com a alienação
Fundamentos do ensino inclusivos
Expressão Gráfica e Projetos de Engenharia, Arquitetura e Desenho Industrial Rejane de Moraes Rego
Fichamento marx: politica e revolução
Plano de negocio gestão ambiental
plano de aula de futsal
Cortex cerebral
O outro lado do poder
As relações entre indivíduo e sociedade, com os pensadores émile durkeim; karl marx e max weber.
A arte de conquistar as pessoas
Relatório do estágio supervisionado em educação infantil
Leitura crítica analítica
Matrizes em linguagem c
exercicos de homem e sociedade unip 1° semestre
Fundamentos de contabilidade e finanças conceitos introdutorios patrimônio
Questões
Planonacional de educaçao
Evolução nas máquinas de estampar
Sushi
Tubarao branco
Resumo cpc 02
Pgrs dedetização
Elementos de liga
Análise da obra oração aos moços
Documento de araxá
O município de wanderlândia e seu potencial eco turistico
Estratégia de comunicação do mc donalds
Geotécnica viária
Determinação do grau de umidade da farinha de trigo
Direito uniforme, direito internacional privado e direito comparado
A empresa viva de arie de geus: resenha
Financiamento para investimento e leasing
Resenha sociológica um dia de fúria
Muro de contenção e parede diafragma
Fabulas
Filme robin hood sob uma visão teórica geral do estado
Ava 3 Administra O Financeira
* Operações entre matriz e filial
Introdução ao servico social: estudo dirigido do livro serviço social identidade e alienação
sistemas de informação
Valores éticos e estéticos
Estudo Comparativo – Laje moldada in loco x laje pré moldada
Respostas oficina de biologia
O desenvolvimento da região nordeste a partir da fruticultura irrigada
química
projeto leitura
Instalção eletrica
A influência da escola schumpeteriana na economia
Relatório de estágio: gestão de pessoas
O bairro ( michael de certeau)
Smartphone
A formação dos ventos
Questionario
Recursos matrimoniais e patrimoniais
Atonia uterina
Estudo de marcas – mac
Química
Implementação de replicação master-slave do mysql e balanceamento de carga no apache
Resenha do livro território e historia no brasil
Aplicação do bombeio centrifugo submerso
Relatório estágio supervisionado – futsal
Cristo e cultura
Plano de aula de inglês – meios de transporte
Entendendo matemática e língua materna como faces da mesma moeda.
Agravo de instrumento em exceção de incompetencia de ação acidentária
Prova
Portfolio empreendedorismo
Dissertação sobre as segmentação do turismo no brasil
Dureza na agua
Critérios rumo à excelência – marmitaria
Estruturas metálicas
Recurso especial
Jean Jacques Rousseau – Sociologia
Tipos de suspensão
Ginástica artística – ponte para trás
O quarto do filho
Tendências do mercado pet no brasil e no mundo
Relatório de prática de termometria
Controladoria
Projeto de pesquisa basquetebol
Implementação de sig
Ed estatica nas estruturas
Mercosul
O estudo da morfologia nas gramaticas brasileira
Manual fq reações ácido base
Peça de teatro
Ai meu deus
Ética na fotografia
Ciem e sec
Acto de conhecer
A atual crise econômica mundial e a economia brasileira
Flexão nominal
Fundamentação de quatro tipos de orçamento empresarial:
Engenharia de controle e automação
Tributo e segurança jurídica ibet
Um olhar sobre a Igreja Cristã Maranata: análise ergonomica e espacial
Apresentação do planejamento projeto: meio ambiente
causa de pedir próxima e remota
Estratégias de marketing em farmácias e drogarias: uma análise dos quatro p's
Inclusão do negro na educação e no merceado de trabalho
Planejamento social, interdisciplinaridade, prática profissional e metodologia do trabalho
Vantagem competitiva
Crise capitalista
Procedimento ordinário sumário e sumaríssimo
O que significa abnt nbr iso 9001
INTERAÇÕES GRAVITACIONAIS
Demanda dependente
A efetividade do estatuto do idoso
Revolta dos Malês na Bahia e Sua Influência Sobre o Candomblé
Impugnação pauliana
4. Uma placa retangular de 4 m por 5 m escorrega sobre o plano inclinado da figura, com velocidade constante, e apóia-se sobre uma película de óleo de 1 mm de espessura e de μ = 0,01 n.s/m2. se o peso da placa é 100 n,
Teologia
Razão Inata ou adquirida – Resumo
Matematica
Modelo de artigo
Educação, cultura e sociedade
Suspensão do direito de dirigir e cassação de CNH
Exercicio consumidor
Bibliologia
brincadeiras de diferentes regiões do brasil
Pediculose e Micose
Reclamação Trabalhista Heitor Samuel
Processo criativo na campanha publicitária
Conceitos básicos de toxicologia industrial
Manobras de reespansão, de higiêne brônquica e autogênica
Joint venture
Potencia de expoente inteiro negativo
Conformação mecanica
Realismo no brasil – machado de assis
Conteúdo Relatório Final PROINTER II
Métodos de difração para caracterização de materiais
Logistica e gestão do conhecimento
Proteção e refrigeração de transformadores
Taxonomia bacteriana
Casa Patio APS
Marketing social: uma abordagem sobre o lado obscuro do comportamento do consumidor
Reemergência de conflitos regionais
Polímeros termofixos
estudos disciplinares I
Resenha crítica: o princípio da não violência. jean-marie muller
Trabalho
Um dia sem impostos – Mario Sergio Cortella
Imperialismo norte americano
Pesquisa literária: realismo, naturalismo, machado de assis e o resumo de memórias póstumas de brás cubas e dom casmurro
Conflitos étnicos
Pirataria no brasil
LEITURA ANALITICA INTERTEXTUALIDADE Viviane Resende Vieira
Instrumentos do conhecimento
Currículo de artes visuais relação entre objetivos, conteúdos, orientações didáticas e avaliações
Exerc Cios Resolvidos Sobre Equil Brio Qu Mico
Tcc d faculdade
Bioética e genética
lista de exercícios
Filosofia
Ciclose
Seminário ética a nicômaco (aristóteles) – (capítulos 2, 3 e 4 – livro ii)
Ecossistemas do Brasil
Documento de especificação de requisitos
Estradas e Pavimentação (Base e Sub-bases).pdf transferido com sucesso
Artigo analise sobre 5 forças de porter
Titulação condutimétrica de hcl e hac com naoh
a influencia da lingua tupi
Direito hindu
Desenvolvimento do jovem adulto
Ficha técnica do composto benzeno
Aps engenharia basico – iueso
AGRAVO
Extrusão e trefilação
Análise macroambiente brasil
Serviço social Projeto de pesquisa
Sociologia – ditadura militar
Isolamento de protoplasto
TUTORIAL PARA INSTALAR LOLLIPOP 20A Brasil 20H Europa No LG G3 D855P
Embargos de declaração trabalhista
Bibliografia designer contemporâneo karim rashid
Neoconstitucionalismo
Celulas tronco
Tudo sobre fichamento
Viscosidade da água
Analise do pcn
Armazéns infláveis e autoportantes
As 10 maiores hidrelétricas do brasil.
História das artes gráficas
Anatomia topografica
Disturbios do sistema urinário
Recurso em sentido estrito e apelação
A importancia do desenho tecnico na engenharia civil
O quinhentismo
Plano de aula para o 2º ano
Teorias do Estado , Socialismo , Anarquismo e liberalismo
Ong contra drogas
Relatório de psicopedagogia clinica
Algorítmo e programação – fluxograma
Termoquímica
Obtenção e Aplicação do Aços-Liga
Projeto de pesquisa de mestrado em sociologia
Corrosão em navios
1. Os eletrodos revestidos e soldagem a arco elétrico
Regras e posições do futsal
COBIT DS2 – Gerenciar Serviços Terceirizados
Resenha critica sobre "A história das Coisas"
Plano de curso de matemática eja 5ª e 6ª série
projeto tcc salão de beleza
Amaro, sarita. visita domiciliar: guia para uma abordagem complexa- porto alegre: age editora, 2003.
produção de botijão de gás de 13 kg
Segurança no trabalho com serra circular
Por que os sistemas de informação são essenciais
PROJETO ALIMENTAÇÃO SAUDAVEL
Gh15 – a biblia demão
Centróides – fisica
Avaliação da Rotulagem de formulas infantis
Expressão corporal
Projeto de monografia – desaposentação
Visita técnica em UAN
Ciclos, seriação e avaliação-confronto de lógicas
Relatorio de observação e regência
OCR(RECONHECIMENTO ÓPTICO DE CARACTERES)
Entes Despersonalizados
A economia da justiça (Blackstone e Bentham) de Richard Posner
Análise crítica do filme "o cangaceiro"
Tipos de oficios
Recensão critica "o crescimento moderno economico"
Elementos do bloco p grupo 16
Dietoterapia
Relatório da disciplina de sistemas digitais
Fmea resumo
Funções inorganicas e reações quimicas
As características do consumismo, satisfação e necessidade na era da globalização.
Comunicações celulares por meio de sinais químicos
Resenha myra levine
Os maias – análise do episódio do jantar do hotel central
A importância dos microrganismo no solo
Escola aziendal
Órgãos da sociedade anônima
Tabela de medidas caseira
Digitalização de Sinais Analógicos no MatLab
matematica
Avaliação de desempenho humano
Resenha e. p. thompson – a formação da classe operária inglesa: a árvore da liberdade
A CRISE DOS ANOS 60 E AS REFORMAS INSTITUCIONAIS NO PAEG – 1962/67
Relação homem x natureza
Análise swot – estudo de caso de uma imobiliária
Resenha critica organizaçoes internacionais
Microbiologia do leite
Lista de exercícios Java
A EXTORSÃO QUALIFICADA
Aula tema Politicas educacionais 6, 7 e 8
Semin Rio VI Mod 4
Mini projeto fonética
Filosofia cristã
Prevenção de incendios
http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Matematica/40279021.html
Resumo literal historia de ron clark
Revolução chinesa
celenterados
Proteção catodica
A Relação entre a Historia da Administração e as 3 Ondas de Toffler
Sistema imunológico
VAP 1 FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
Concurso
Análise Institucional Cras Esteio
Evolução da eletronica de 1970 a 2010
Matematica
Trabalho química
Arquitetura neoclássica
Fichamento Arquitetura Vivenciada – Rasmussen
apostila cultura e sociedade
O paradoxo das regras e o problema da liberdade: o direito entre a moralidade e a política. ensaio a partir do filme “você não conhece jack”.
Quimica
Analise de microambiente e macroambiente
Ácidos Nucleicos – Duplicação do DNA e Síntese Protéica
Mecanismo de ação dos herbicidas
Fisica
Projeto de intervenção em prestação de serviços
O brincar e suas teorias
AV2 – GESTÃO E ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA – A ATUAÇÃO DO ORIENTADOR EDUCACIONAL NO COTIDIANO DO ESPAÇO EDUCATIVO
Usinabilidade dos materiais
Crimes contra a fé pública
O que é maketing siamar
O trabalho do pedagogo no espaço educativo
Tcc – análise economica-financeira
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Caranguejo
E o sonho acabou?
Log out tag out
Política nacional do meio ambiente
Psicologia suicidio
Matematica
Resenha crítica sobre o filme “obrigado por fumar”
Campanha Governamental
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Resenha do texto “o homem romântico” capítulo 1 o burgues.
Zoneamento
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Prótese dentária – Ligas metálicas
Proposta de melhoria de arquivo
Serial killer: análise criminológica do sujeito ativo do crime
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Modelo contestação divórcio litigioso
Aterro sanitário de maceió
Resenha critica
Estudos sociológicos, senso comum e senso crítico no avanço da sociedade, a importância da sociologia para a contabilidade.
Fichamento desigualdades raciais e segregação urbana em antigas capitais: salvador, cidade d’ oxum e rio de janeiro, cidade de ogum
Curso de pintura em peças plásticas
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CONTEXTUALIZAÇÃO DA POLÍTICA DE SAUDE NO BRASIL
A África na sala de aula: visita à história contemporânea.
A contribuição dos fatores neurais em fases iniciais do treinamento de força muscular.
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PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: UMA ANÁLISE EXTERNA E INTERNA DE UMA EMPRESA NO RAMO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO NO MUNICÍPIO DE SERRA TALHADA – PE
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A importância da alimentação equilibrada para o ser humano
Resumo dos cinco primeiros capítulos do livro “convite à filosofia” de marilena chauí, com parecer acadêmico.
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ESTRATEGIAS EM SERVIÇO SOCIAL
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Resumo do capítulo 3 de Heloisa Luck
Intoxicação alimentar por bacterias
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Sistema endócrino- a interação hormonal
Psicologia – casos clinicos
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Mudança planejada ou emergente – natura
Modelo estagio supervisionado uniesp
Art. 5º, CF/1988 – Direitos de Nacionalidade
[DEBATE] Desvantagens – Trem bala.
Quimica
Python
Conto de enigma
Processo civil
EXERCICIO
O que é uma separação de cores?
Perversões desportivas
Resenha – os elementos do jornalismo
AP de Pensamento Social Brasileiro
Relatório de ensaios de concreto e argamassa
Culturas permanente
Análise da Viabilidade Econômica Financeira do Bar
RESUMO DE REFUGIADOS
União ibérica e domínio holandês na américa portuguesa
fisica
Preparando um currículo Direcionado
Avanços tecnológicos da construção civil
Determinação da massa especifica dos agregados
Incas – os engenheiros das montanhas
o currículo e a reforma educativa em Angola
leis federais sobre o solo
Psicologia do pré-escolar – uma visão construtivista
Jigagem
Celular e sala de aula projeto
François laplantine, aprender antropologia
A estrutura do diálogo como ponto de partida da ética
Teor de alcool na gazolina
Capitalismo Estadunidense
Resenha do documentário corumbiara
Relatório de Microbiologia – Fungos
Contribuições da poesia como metodologia de ensino
Atividade metodologia anhembi morumbi
A fiat pelo mundo
A evolução dos conceitos de logística: um estudo na cadeia automobilística no brasil
Historia do amazonas
Montagem da sala cirurgica
Fogo e combustão
Economia 11º ano – unidade 10
Questoes analise filme vida inst.
Tempo geológico e evolução humana
Planejamento urbano – século xxi
Terrorismo global
Relatório sobre medidas de massa, volume e densidade
Logística inspeção veicular
Dermeval saviani
Resenha do texto "o ego e o id" de freud
Sistemas operacionais
Planimetria
Desvios posturais
Usucapiao
Trabalho de calculo 1
Crescimento vegetal no claro e no escuro
Despacho aduaneiro
Taxonomia das algas
Direito do trabalho – empregado e outras espécies de trabalhadores
Cap.15 os movimentos socias
Biologcas
Experiência 1 – medidas de resistência elétrica através
Resenha do livro freud criador da psicanálise
Seminario de biologia – animais invertebrados
Transitividade verbal
Resenha do texto "unidades de conservação – uma discussão teórica à luz dos conceitos de território e de políticas públicas"
O que é fornecedor?
Ergonomia: método de avaliação de postura-owas
Criminologia
Cargos do departamento financeiro
Calorimetria
Conhecendo o pnae
Regime de fabrico
Tales, anaximandro e anaxímenes de mileto (filósofos pré – socráticos)
Trabalho mercadologica
Fertilidade do solo e nutrição das plantas
Tecelagem plana engomagem
A mão- ossos articulações e ligamentos
Antenas
Intervenção do estado na economia
O papel do controlador de gestão
Furto qualificado
Teoria comportamentalista x teoria das relações humanas
Cadeia de suprimentos
Direito alternativo e exemplos
Natação
Medidores de vazão por estrangulamento
Projeto do tcc de libras
O papel do pedagogo na organização do trabalho pedagógico
Extratos fluidos
Apostila de marketing e vendas
Esterilização de equipamentos, meio de cultura e ar em bioprocessos
Ed 1º semestre engenharia básica (unip)
Critérios ergonômicos – ihc
Malharia
Roçado sustentável
Administração
Pim vi e vi
Apostila de erp erp enterprise resource planning
Ensaio de aço nbr 7480
Anatomia glandula pineal, foliculo ovariano e corpo lúteo
Resumo julgadores vítimas e instituição de exclusão
Billy elliot – síntese .
Mão de obra direta e indireta
Título: capitalismo monopolista e serviço social.
Resenha meu trabalho é um parto
Produtos químicos corrosivos
Relação dos direitos e das garantias constitucionais com a limitação do poder estatal
A historia da matematica na mesopotamia
Ambiente economico global
Projeto: “criando e pintando com artes na escola”
Contabilidade seguros
Cultura e padrão cultural – perguntas e respostas
Tubulações de avioes
Exemplos práticos de planejamento tributário e a comprovação da redução da carga tributária das empresas pela cisão e constituição de uma holding
Impactos ambientais causados por gases
Trabalho de geografia sobre o japão
Proesso de cocção de peixes
A presença de postulados tomistas na gênese do serviço social
Defesa previa
Visita tecnica a empresa hospitalar
Nbr: 9050 – acessibilidade
Metodologia de trabalho
Juridicos
Petição saída temporária
Peça pratica de reintegração de posse
Tipos de estoques
Petição relaxamento de prisão
Coca cola
Obtenção, solubilidade e dosagem do iodo
Calibração de instrumentação analítica para medição de volume, massa e temperatura
Prova do livro: vida de droga
Resenha crítica do artigo científico: direito e linguagem: os entraves linguísticos e sua repercussão no texto jurídico processual
Acido base
Relatorio aula pratica de suinocultura
Elementos químicos presentes no computador
Metodos de thiessen
Balanço hídrico do município de alta floresta – mt
Relatorio de bombas hidraulicas
Classificação especial das obrigações
Doações e subvenções
Abate humanitario de bovinos e suinos
Sistemas de informação de marketing – caso coca cola
Ergonomia
Resenha requiem para um sonho
Resistencia dos materiais postes
A segunda lei da termodinâmica e maquina termicas
As bases químicas da vida.
Tabela de infrações de trânsito
Relatorio aula partica bioquimica
Automação comercial
Resumo do documentario contruindo o planeta terra
Direito penal
Exercício-trabalho curva-chave de hidrologia
Sequencia didática de história os povos indígenas
Príncipios ativos para acne
Monografia adm- teoria de sistemas
Trabalho sobre baterias
Ação do calor e do frio como agentes terapêuticos
Marx – lei geral da acumulação capitalista
Posicionamento mamografico
Fonologia
Física – composição de movimento
Questões de monitoramento ambiental
Resumo do livro a caverna de josé saramago
Ponto isoeletrico caseina
Pontuação exercício
Livro de receitas – tcc gastronomia
Conhecimento popular x conhecimento cientifico
Educomunicação
Especialista
Maison bordeaux – reem koolhas
Maquiavel – resenha do cap. xv do livro "o príncipe"
O apogeu do ouro em goiás
Exercicios hermeneutica
Lei de deus e lei de moisés
Questionario interpretação de texto
Meridiano do baço
Gestão ambiental e responsabilidade social – atividade 2
Relatório de visita a ponto de venda
Resumo: ensaio sobre a cegueira
O papel do gerenciamento de risco
Os aspectos positivos e os negativos para a realização da copa no brasil em
Georg cantor
As competencias essenciais para o mundo do trabalho
Dimensionamento de atuador hidráulico
Deserção no direito militar
Contaminação iônica / eletromigração
Accor
Aberturas em elementos definidores de espaço
Revolta da vacina, guerra do contestado, revolta da chibata, guerra dos canudos, revolução de 1893
Resumo: "visão lúdica do corpo"
Cultura brasileira
Determinação do coeficiente de arrasto de uma esfera em movimento
Alienação parental
Trabalho de aromaterapia
Projeto
Reclamação trabalhista
Trabalho educação infantil
Réplica à contestação e manifestação ao laudo médico pericial – d. previdenciário
Resenha – caminhos antigos e povoamento do brasil
Patrimônio local e sua a conservação
Qualidade de vida no trabalho: caso de estudo electricidade de moçambique
Monitoria de direito romano
Comandos elétricos
Como melhorar a tomada de decisão e a gestão do conhecimento
Cf/88 art.59 ao 69
A definição e a forma holística na educação para todos
Materiais didáticos na educação infantil
Inicial trabalhista – auxiliar de limpeza
Cap 5 – ied paulo nader
Aula de contabilidade básica
Requerrimento articulado
Case
Projeto de pesquisa: jovens usuarios de drogas
Petição
Anhembi morumbi online atividade 3 comportamento organizacional
Porcentagem
Nbr 12693 sistemas de proteção por extintores de incêndio
Segurança do trabalho
Agatha christie: vida e obra da rainha do crime
O amor como sentimento de perda: análise discursiva das musicas un- break my heart (toni braxton) e impossivel acreditar que perdi você ( fabio jr)
Professora
Resposta a acusaçao
As origens de israel
Citações varejo
Quadro de atribuições do supervisor, orientador e inspetor educacional
Modelo de avaliação sobre frase oração e período para 4ª etapa da eja,
Definir a classificação dos custos industriais (conceito de cada classificação)
Fundação história da nakata
Lista c#
Relatório sistema de injeção eletronica
A importancia dos dos e ministerios para igreja
Estratégia rede subway
O serviço social e sua evolução histórica no brasil
Petição registro tardio de nascimento
Policial
Controle interno – modelo de instrução normativa
Clima desértico e semi árido
Interpretação textual face aos conceitos de lingua, linguagem e variação linguística
Negociação – agenda oculta no contexto organizacional
Graduando em direito
Matamatica basica1
Pre projeto / ressocialização do preso em vista do mercado de trabalho
Trabalho – conflitos étnicos e religiosos
Olhar e ver: uma análise do filme ensaio sobre a cegueira
Portfolio
Pesquisa da região sudeste
140736589541
Atividade 3 – unidade web online (anhembi morumbi) empreendedorismo e sustentabilidade
Qualidade assegurada
Bactérias de importância economica
Fichamento o poder simbólico – bourdieu
Um cerebro brilhante
Cera perdida
Relatorio em salao de beleza
Agravo em execução
Sensação e percepção
Comodato e demontração
Dor fibromiálgica
Negócios da moda e comportamento do consumidor
Parafusos
Japão
Renascimento e humanismo
Resumos do atletismo
Resumo e resenha: o fetichismo na música e a regressão na audição
Plano de cargos e salarios
Analise do filme o bicho de sete cabeças
Análise do livro didático de ciências naturais
Aula prática de ligação quimica
Sistema respiratório dos peixes
Perguntas de civil nas provas da magistratura sp
Laudo ergonomico motorista de onibus
Impressora a jato de tinta
Evolucao do pensamento adm
Linguagem do rádio fm
Hjkjjkb gvhj vhvhu lu
Resumo – as cidades na américa ibérica
Santiago calatrava
Pressao
Drogas licitas
Relações públicas e psicologia: unidas por um bom cerimonial
Diego
Exercícios
Plano anual berçario 2
Notícia
Polarização da luz e diferentes tipos de óculos de sol
Disciplina: economia – terceira lista de exercício
Quem foi pedro
Ufc2013
Galvanometro
Bullying , a quem recorrer?
Arroz
Materiais e vidrarias de laboratórios
A.l. 2.2 – bola saltitona 10ano
Análise das ambiguidades lexicais e sintáticas na construção dos sentidos das tirinhas mafalda
Estradas i
Relatorio evidencias macroscopicas
Recurso anp
Fundamentos e processos industriais
Resenha crítica do filme “eles não usam black tie”
Relatório de irrigação 2011 aspersão final
Diagnostico parasitas intestinais
Pegadas
Anatomia do computador
Resumo "as tranças de bintou"
Vocação, dom ou formação ?
A origem do gps
Classes gramaticais
Doença arterial obstrutiva periférica daop – estudo de caso
Lead time
O nascimento da filosofia
Curva da banheira
Projeto luminotécnico de uma sala de aula
Administração
Construção de galvanometro
Disciplina: teorias da administração
Resolução de exercícios dos capítulos 8 e aferição do exemplo 5.2 do livro controle da qualidade de processo, escrito pelo professor doutor luiz c. r. carpinetti publicado em agosto de 1998 pela universidade de são paulo”
Exercicios de fisica
Exercícios de mecânica dos solos
Trabalho sobre os principais tipos de rochas existentes
A percussão corporal como recurso musical
Projeto de tcc
Teoria da adm
Exercicios de introdução – sistemas operacionais
Aps criptografia
Relatório de quimica organica
Taekwondo
Florestas de mares de morros
Integral curvilineo
Administracao financeira internacional
Ppra coveiro
Cultura e humanização
Direito individual do trabalho – resumo
Resumo sobre epistemologia convergente
Trabalho de informatica
Aluno
Aguas oceanicas
Terminologias
Bls – suporte básico de vida
Recalque em fundações diretas do tipo tubulão
Missão, visão e valores de uma empresa
Treinamento e desenvolvimento – capítulo 5
Niquel
Esportes não divulgados pela midia
Funcionamento organizacional
Questões sobre hobbes
A evolução do pensamento geográfico nos livros didáticos
Descrição de 60 minerais (mineralogia ufmg)
Feng shui
Fichamento do livro as inteligências múltiplas e seus estímulos de celso antunes
Relatório de bioquimica
Economia agroexportadora
Obra resumida: os botões de napoleão – cap 3: glicose
Matemática aplicada
Associação entre o filme matrix e a vida e vocação de sócrates
Matematica aplicada
Bancos multiplos
Tecnologia da logística análise da empresa “lojas americanas”
Relatório géis
Serviço social
Abordagens cartograficas
Estelionato
Estrutura e organização da educação brasileira
Qualidade
Plano lavra
Estratégias mercadológicas
Migração nas regiões sul e sudeste do brasil
O nome meu
Azul linas aéreas
Drywall – execução e vantagens
Contabilidade de instituições específicas (terceiro setor)
Leite
Case stihl
Cálculos farmacêuticos
Coluna vertebral e caixa toráxica
Produto notaveis
Resumo volvo
Atividade complementar – quimica
Controladoria
Anatomia capilar
Resumo dos livros a viuvinha e cinco minutos
Mestrado -uff
Relatorio de palestra
Acidentes com materiais perfurocortantes em prontos socorros
Touchstone
Como surgiram as pilhas
Exercícios para estudo curso tti
Interdisciplinaridade no ensino fundamental
Resumo capítulo 2 do livro "direito e economia", de fábio nusdeo
Resumo do livro lâmpada da memória
Teorias das posições melanie klein
Aproveitamento da energia solar em portugal
Planejamento de marketing integrado
Norman angell – a grande ilusão
Transporte rodoviário
Bronquite ocupacional
Cultura
Problemas atuais de teoria geral do estado
Relatório iodofórmio
Turbinas bulbo
Marketing de atacado e varejo
Movimento da terra e dos solos
A ideologia presente nas propagandas da coca-cola
Uma bússola sociológica – resumo
Cognatos
A importancia do treinamento nas organizações
Resumo capítulo 1 contabilidade introdutória – usp
África do sul, méxico e argentina – substituindo importações
Cenário socioeconômico
Projeto pontes e bichos
Apostilha de tecelão
Ação de cobrança indevida c/c danos morais tutela antecipada
Trocas gasosas
Relatorio social sobre o filme preciosa
Assessoria de imprensa na política
Recurso eleitoral – prestação de contas
Objetivos do trabalho do asssistente social
Análise financeira forja taurus
Psicopatologia
Programa de responsabilidade civil – resenha
Reengenharia do departamento de contas a pagar da ford motor company.
Projeto com intervenção do supervisor educacional
As habilidades do negociador
Revolução francesa
Questionario introdução de direito civil
Desenvolvimento atípico
Arquivo muito bom
Acidentes domésticos
Alfabetizar letrando: uma proposta de aprendizagem da língua escrita
Relatorio separação de misturas
Organização básica do trabalho
Soteriologia
Astreintes
Projeto interdisciplinar com música
369693400108
Fichamento – "cinco lições de psicanálise" – freud
Caso prático processo civil ii
Resumo do capítulo "o trabalho acadêmico: orientações gerais para o estudo na universidade" de severino
Estatica da estruturas
Blindagem eletrostática
Questões interpretação de texto
Jogos populares regionais
Comentario de jurisprudencia obrigações
Psicofarmacologia – sinapses
Mineração
Apple
Solo grampeado
Inicial – manutenção de posse com pedido de liminar c/c perdas e danos
Materiais diretos – contabilidade de custos
Estudo de caso – chatsworth house – a decisão do playground de aventura
Observação de lâminas permanentes com cortes de tecidos vegetais.
Resumo analítico do texto “a história do ensino de história: objeto, fontes e historiografia”
Spa urbano
Ensaios e testes no motor sincrono
Fiilosofar
As principais doenças virais
Arresto, sequestro e caução
Signos plásticos
Pneumoconiose
Estudante
Dimensionamento de sistema eólico
Atividade filme a lista de shindler
Resenha do livro gestalt do objeto
Vírus de computador
Reclamação trabalhista cumulada com ação de indenização por danos morais
Emprego durante o período militar
Planejamento e projetos – uni 7
Turbidimetria
Trabalho banco de dados
Fluxograma
Relatório medida de pressão por manômetro de coluna
Cerimônia de bodas de ouro
Formulação de ração
Minicasos – chavenatto
Explique, à luz da judicialização efetiva e da aplicação do princípio da dignidade da pessoa humana, o papel exercido pelo stf no tocante às recentes questões complexas levadas a julgamento naquela corte suprema, como
Apr carpintaria
Reflexos primitivos
Código "q" internacional
Relatório de estágio educação infantil
O mito da atividade física e saúde, yara maria de carvalho
Anomia
21436231619
Lista de exercicios – fluidos – halliday
A importância da contabilidade nos dias atuais
Oficina de biologia c/ resposta
Guerra de canudos
Exemplos de textos literários e não literários
Comunicação empresarial – parte i – np1
Semiotica – analise do filme "assassinos por natureza" (natural born killer)
Resumo expandido – desenvolvimento de software
Interrogando a identidade – homi bhabha
Futebol para cegos
Qumica
Meio ambiente do trabalho, – fiscalização e meios de defesa
Oficina de aprendizagem ( português ) revisão ensino médio – ingressante – faculdade anhanguera
Resumo livro missionários da luz
Resenha sobre o documentário os impressionistas
Movimento em meio viscoso
Observação de ciclose e cloroplasto
Contabilidade i
Contabilidade de custos
Linguagem miranda
Ouioiu
Aptidão física e futebol
Programas em c
Lan house
Arte
Contrato de compra e venda
Fichamento – a arte de fazer um jornal diário
Samu
Sociologia t1 corrigido
Formação de padaria
Relatório de colisões
Profissão e formação docente
Maxsilva
Fisica termica
Aula 1
Introdução feudalismo
Produção de hidrogênio e reatividade dos metais
Lei 1818 estauto do servidor do estado do tocantins
Grupo 14: propriedades do carbono
Modelo de relatório visita tecnica
Qual a identidade do professor coordenador pedagógico?
Plano de aula- lateralidade
Marketing de relacionamento – dado bier porto alegre
Trabalho sobre tabuleiros pré-litorâneos
A importância da gestão de carreiras para o crescimento do profissional
Controle de qualidade de furosemida comprimido
Pirâmide das classes sociais – chocolate
Densidade relativa de líquidos e sólidos – método do picnômetro
Politicas públicas
Plano de estágio farmacia hospitalar
Reino fungi
A moral iluminista
Tcpo
Consumo compulsivo
Estagio supervisionado do ensino medio
Algoritmo
Resumo da historia: boa medida
Perfil do técnico em edificações
Resumo capítulo 18 fundamentos de marketing philip kotler
Análise ambiental e da área de lazer da praça floriano peixoto macapá, ap
Desenho técnico
Biologia celular
Açaí – composição nutricional
Prostituição
Materias e suas propriedades de organização
Identidade e estigma
Quimica
Analise demografica
Paper do livro os exploradores de caverna
Organização sistemas e metodos
Procedimento serra circular
Recursos capitais
Óleos lubrificantes
Tipos de demonstrções financeiras
Regionalismo e questões urbanas
A formação moral do indivíduo
Cronograma de orientação profissional
A eficácia simbólica – cláude lévi-strauss
Conflitos e negociações nas organizações
Ação de cancelamento de registro c/c pedido de tutela antecipada e indenização por danos morais
Atps cálculo 2
Fichamento – delumeau, jean. nascimento e afirmação da reforma. livro 3. capítulo 1 “as causas da reforma”, pp. 251-273.
Ciclo do carbono
Pesquisa de mercado para loja de roupas
Modelo ação indenizat´roria por falta de entrega de mercadoria comprada
Técnico em marketing – legislação e mercado
Questões sobre ética
Financas publicas em mocambique
Resenha do livro "o médico a força"
Plano de aula, recreação e jogos
Endomarketing volkswagen
Resenha de capitalismo tardio e sociabilidade moderna
Propriedades e preparação de soluções tampão
Litoral norte da bahia: um estudo sócio-ambiental
Art. 457 da clt- saldo de salário
Os principais agravos a saúde: doença infecciosas e não-infecciosas
Biofisica
Nada superou a gestão científica
Precursores das praticas corporais alternativas
Sistema respiratorio na atividade fisica
Material
Politica de seguros para os bens do ativo imobilizado
Trabalho
Gás real e gás ideal
Pensamento e discurso
Ciencias
Obrigacao de fazer cc danos morais – velocidade internet
Gestão de pessoas em processos de fusão e aquisição: como lidar com o maior patrimônio das empresas durante a mudança?
Propriedades do concreto
Igrejas itabirito mg
Análise nodal e de malhas
Liderança artigo cientifico
Comunicação e expressão
A importância da história e geografia nos anos iniciais
Educação física no século xix
Projeto fabrica de esmaltes
Unidade ii – microeconomia atividade avaliativa 02
Resumo de a sociologia do corpo – david le breton
Direito do mar
Plano de aula
C++ linguagem de programação
Juros simples e compostos
Caito maia, o líder da chilli beans
Tipos de chumbo, magnesio
Menina bonita do laço de fita
Resumo sobre analgésicos opióides
Tradição e a entrega da coisa
Budismo
Slide sobre cortinas atirantadas
Aborto
Tabela comparativa carr, morgenthau, angell, aron
Injecao plastica
Resenha: as concepções pedagógicas na história da educação brasileira
Relatorio final planejamento empresarial
O homem e a máquina
Avaliação eletronica
Humanização em sala de vacina
Relação na mitologia e racionalidade filosófica de cosmos
Plano de aula de geografia
Relátório de estágio agroindústria
Derivadas usando a definição de limite
Avaliação: da excelência a regulação das aprendizagens
A iasd e os movimentos dissidentes
Geografia física, geossistema e estudo integrado da paisagem
Movimento retilíneo uniforme
Fichamento: “argumento de autoridade x autoridade do argumento” de pedro demo.
Materiais de escrita na antiguidade
Tecnologia
A relação da economia com outras ciências
Estrutura e dinâmica da geosfera
Contrato banco de sangue
Trabalho interdisciplinar apresentado à universidade norte do paraná – unopar, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de spa das mãos e dos pés, bases da nutrição, spa e terapias
Resumo sexta feira e a vida selvagem
Questionário sobre o sonho dos ratos
Capitalismo e socialismo
Cultura erudita e popular
Direito civil – domicílio
História da ginastica artistica
Gestã financeira
Resenha crítica
Lnec e465
Ifluência do imc no desempenho físico
Ed 6 semestre de engenharia
Teorias urbanas
Impugnação ao valor da causa – divórcio com partilha de bens
Nike e ética
Recursos humanos e libras
12120012
Ssss
Ocorrências metafóricas em propagandas publicitárias
Expectativas de aprendizagem de português 1°ano ensino fundamental
Religião wicca
Banho de lua
Publicidade anos 60
Questões crase
Fichamento do livro interpretação dos sonhos (freud)
Tigres asiáticos
Programação linear
Determinação das dimensões de um biodigestor em função da proporção gás/fase líquida
A importancia do ar para os seres vivos
10 Planos de aula
Mitos e suas funções
Ativo imobilizado industrial
Relatorio de estagio de rh em uma contabilidade
Category killer
As relações de poder segundo michel foucault
Saúde mental e transtorno mental
Modelo
Detecção de ciclos em um grafo
Factoring x agiotagem
Atuação do biomédico na coleta de materiais biologicos
Análise cinematográfica do filme coração de tinta
Contabilidade geral
Atps fundamentos e metodologia da língua portuguesa
Reflexos
Co processamento
Lista genetica
Tcc-qualidade de vida no trabalho em agência bancária
Trabalho de algoritmo resolvido
Revitalização de rios e córregos
Resumo "o que é o amor?" comte sponville
Teoria operações com mercadorias
Logistica
Centro de gravidade e momento de inercia
Lei 8630/93
——————————————————————————– Dispersão, metapopulação e dormência
Percepção da gestante sobre o atendimento pré-natal em unidade básica de saúde de teresina – pi.
Relatório de estágio em drogaria
Fetran
Infracoes de transito
Situação atual da citricultura
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